São Paulo, domingo, 23 de dezembro de 2001

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LEGISLATIVO

Congressistas não vão ter direito a um salário extra

Orçamento gera convocação extra do Legislativo

DA SUCURSAL DO RIO

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente da Câmara, deputado Aécio Neves (PSDB-MG), anunciou ontem a convocação extraordinária do Congresso, a partir da próxima quarta, para a votação do Orçamento de 2002.
Deputados e senadores não terão direito a salários extras.
Os parlamentares da Comissão Mista de Orçamento devem se apresentar em Brasília no dia 26. Os demais parlamentares deverão se apresentar em 2 de janeiro.
A convocação extraordinária foi prevista, em princípio, até o dia 7 de janeiro, mas, segundo Aécio, se o Orçamento não for votado até essa data, o Congresso ficará em sessão extraordinária permanente até a aprovação. ""Não interromperemos a votação enquanto o Orçamento não for votado."
A convocação foi acertada por Aécio e os presidentes do Senado, Ramez Tebet (PMDB-MS), e da comissão, senador Carlos Bezerra (PMDB-MT), ontem. O presidente Fernando Henrique Cardoso foi consultado por telefone antes.
A diretoria-geral da Câmara ficará de plantão no final de semana e durante o feriado de Natal para ajudar os membros da comissão a conseguirem reservas nos aviões. Aécio disse que enviou um ofício às companhias aéreas pedindo prioridade para os parlamentares na ida a Brasília.

Sessão derrubada
Na madrugada de ontem, a oposição surpreendeu os governistas e derrubou, por falta de quórum, a sessão da Comissão Mista de Orçamento, impedindo a conclusão da votação do Orçamento.
Dois fatores contribuíram para a derrota do Planalto: a falta de senadores e a insatisfação com o atendimento de pedidos de mais verbas feitos pelos congressistas.
À 1h45 de ontem havia oito senadores na sessão, enquanto o mínimo exigido é 12. O senador governista Wellington Roberto (PMDB-PB) se aliou à oposição para derrubar a sessão, manifestando insatisfação com o parecer final do relator, deputado Sampaio Dória (PSDB-SP). Dória não acatou os pedidos feitos pela bancada da Paraíba nem os apresentados pelo próprio senador.
Aécio fez elogios ao PT e ao PPS. ""Em determinado momento, a oposição se uniu, mas percebi claramente uma compreensão maior por parte deles com o problema geral, e não com o governo ou com as eleições", afirmou. (ELVIRA LOBATO e LUIZA DAMÉ)



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