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LEGISLATIVO
Congressistas não vão ter direito a um salário extra
Orçamento gera convocação extra do Legislativo
DA SUCURSAL DO RIO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente da Câmara, deputado Aécio Neves (PSDB-MG),
anunciou ontem a convocação
extraordinária do Congresso, a
partir da próxima quarta, para a
votação do Orçamento de 2002.
Deputados e senadores não terão direito a salários extras.
Os parlamentares da Comissão
Mista de Orçamento devem se
apresentar em Brasília no dia 26.
Os demais parlamentares deverão
se apresentar em 2 de janeiro.
A convocação extraordinária foi
prevista, em princípio, até o dia 7
de janeiro, mas, segundo Aécio, se
o Orçamento não for votado até
essa data, o Congresso ficará em
sessão extraordinária permanente até a aprovação. ""Não interromperemos a votação enquanto
o Orçamento não for votado."
A convocação foi acertada por
Aécio e os presidentes do Senado,
Ramez Tebet (PMDB-MS), e da
comissão, senador Carlos Bezerra
(PMDB-MT), ontem. O presidente Fernando Henrique Cardoso
foi consultado por telefone antes.
A diretoria-geral da Câmara ficará de plantão no final de semana e durante o feriado de Natal
para ajudar os membros da comissão a conseguirem reservas
nos aviões. Aécio disse que enviou
um ofício às companhias aéreas
pedindo prioridade para os parlamentares na ida a Brasília.
Sessão derrubada
Na madrugada de ontem, a oposição surpreendeu os governistas
e derrubou, por falta de quórum,
a sessão da Comissão Mista de
Orçamento, impedindo a conclusão da votação do Orçamento.
Dois fatores contribuíram para
a derrota do Planalto: a falta de senadores e a insatisfação com o
atendimento de pedidos de mais
verbas feitos pelos congressistas.
À 1h45 de ontem havia oito senadores na sessão, enquanto o
mínimo exigido é 12. O senador
governista Wellington Roberto
(PMDB-PB) se aliou à oposição
para derrubar a sessão, manifestando insatisfação com o parecer
final do relator, deputado Sampaio Dória (PSDB-SP). Dória não
acatou os pedidos feitos pela bancada da Paraíba nem os apresentados pelo próprio senador.
Aécio fez elogios ao PT e ao PPS.
""Em determinado momento, a
oposição se uniu, mas percebi claramente uma compreensão
maior por parte deles com o problema geral, e não com o governo
ou com as eleições", afirmou.
(ELVIRA LOBATO e LUIZA DAMÉ)
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