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RONDÔNIA
PF conclui que senador eleito comprou voto
JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DA AGÊNCIA FOLHA
A Polícia Federal em
Rondônia concluiu que o
senador eleito Expedito
Júnior e sua mulher, Val
Ferreira, eleita suplente
de deputado federal, ambos da Mobilização Democrática, ordenaram o pagamento a funcionários de
uma empresa de segurança do irmão do senador para que votassem neles.
O relatório será enviado
ao STF e ao TRE de Rondônia. Quanto ao governador reeleito Ivo Cassol
(MD), apontado por testemunhas como outro beneficiário da suposta ilegalidade, a PF irá encaminhar
ao STJ os dados apurados
no inquérito, já que não
tem competência para investigar o governador.
O Ministério Público
Federal analisará os fatos
para decidir se oferece denúncia contra Cassol. No
STF, a Procuradoria-Geral
da República irá decidir se
oferece ou não denúncia
por crime eleitoral contra
Expedito e sua mulher,
que têm foro privilegiado.
No TRE, o relatório será
adicionado aos recursos
interpostos na última terça pela Procuradoria Regional Eleitoral, que pede
a cassação dos diplomas.
De acordo com a PF,
cerca de 950 funcionários
da Rocha Segurança e Vigilância receberam R$ 100
para que votassem nos
três e em outro irmão de
Expedito, José Antônio
Gonçalves (PSDC-RO),
que não se elegeu.
Suspeita-se que o dinheiro tenha sido legalizado através da conta de
Carlos dos Reis Batista
(Prona), candidato que
gastou cerca de R$ 165 mil,
a maioria com doações de
R$ 100 a pessoas físicas, e
que obteve só 40 votos.
Outro lado
Expedito Júnior disse
estar "tranqüilo" e nega
ter ordenado a qualquer
pessoa a compra de votos
em seu nome. Segundo
ele, não haveria porquê cometer a ilegalidade, já que
liderou todas as pesquisas.
Ele disse que a denúncia
foi articulada por Acir
Gurgacz (PDT-RO), segundo colocado na corrida
pelo Senado, que nega.
Cassol nega envolvimento
no caso. Carlos Batista não
foi encontrado.
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