São Paulo, sexta-feira, 24 de fevereiro de 2006

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OUTRO LADO

Eventos imprevistos justificam despesas, afirma a Casa Civil

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Casa Civil da Presidência da República informou ontem à noite que bebidas alcoólicas e gêneros alimentícios "refinados" comprados com cartões de pagamento se destinaram a recepções e eventos sociais imprevistos promovidos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice, José Alencar.
"Alguns desses eventos não possibilitam o planejamento com antecedência suficiente para a realização de licitação", explicou a ministra Dilma Rousseff, por meio de sua assessoria.
As residências oficiais da Presidência são abastecidas de comidas e bebidas compradas regularmente por meio de licitação pública. Os cartões são destinados a compras urgentes e imprevistas.
Na avaliação da Casa Civil, apesar de a auditoria do TCU ter recomendado o aprofundamento das investigações, o trabalho teria sido conclusivo.
"[O relatório] atesta que não há desvio de finalidade no uso do cartão de pagamento", afirmou a assessoria da ministra Dilma Rousseff.
A auditoria se limita a dizer que "não constatou a ocorrência de despesas que pudessem ser classificadas como de cunho estritamente pessoal".
Na época do início das investigações, havia rumores de que os cartões teriam sido usados no pagamento de despesas pessoais da família do presidente. O relatório do TCU afirma que analisou uma amostra dos gastos efetuados e que não teve acesso às despesas realizadas no primeiro semestre de 2003.

Redução de gastos
Em reação ao resultado da auditoria, a Casa Civil informou que "procedimentos que dêem mais eficiência e transparência aos gastos são preocupação constante da Presidência".
De acordo com o relatório do TCU, apesar das providências já tomadas para reduzir os gastos com cartões, o Planalto ainda precisa conter os saques em dinheiro.
O TCU recomendou ainda que a Presidência observe a urgência e a excepcionalidade dos gastos feitos com cartão.


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