|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
OUTRO LADO
Eventos imprevistos justificam despesas, afirma a Casa Civil
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Casa Civil da Presidência
da República informou ontem
à noite que bebidas alcoólicas e
gêneros alimentícios "refinados" comprados com cartões
de pagamento se destinaram a
recepções e eventos sociais imprevistos promovidos pelo
presidente Luiz Inácio Lula da
Silva e seu vice, José Alencar.
"Alguns desses eventos não
possibilitam o planejamento
com antecedência suficiente
para a realização de licitação",
explicou a ministra Dilma
Rousseff, por meio de sua assessoria.
As residências oficiais da Presidência são abastecidas de comidas e bebidas compradas regularmente por meio de licitação pública. Os cartões são destinados a compras urgentes e
imprevistas.
Na avaliação da Casa Civil,
apesar de a auditoria do TCU
ter recomendado o aprofundamento das investigações, o trabalho teria sido conclusivo.
"[O relatório] atesta que não
há desvio de finalidade no uso
do cartão de pagamento", afirmou a assessoria da ministra
Dilma Rousseff.
A auditoria se limita a dizer
que "não constatou a ocorrência de despesas que pudessem
ser classificadas como de cunho estritamente pessoal".
Na época do início das investigações, havia rumores de que
os cartões teriam sido usados
no pagamento de despesas pessoais da família do presidente.
O relatório do TCU afirma que
analisou uma amostra dos gastos efetuados e que não teve
acesso às despesas realizadas
no primeiro semestre de 2003.
Redução de gastos
Em reação ao resultado da
auditoria, a Casa Civil informou que "procedimentos que
dêem mais eficiência e transparência aos gastos são preocupação constante da Presidência".
De acordo com o relatório do
TCU, apesar das providências
já tomadas para reduzir os gastos com cartões, o Planalto ainda precisa conter os saques em
dinheiro.
O TCU recomendou ainda
que a Presidência observe a urgência e a excepcionalidade
dos gastos feitos com cartão.
Texto Anterior: TCU cobra Presidência por gasto com bebida no cartão Próximo Texto: CNBB critica uso eleitoreiro da máquina Índice
|