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PSDB e DEM fecham chapa Alckmin-Afif
Coalizão para sucessão estadual deverá ser anunciada apenas depois da saída de Serra para concorrer à Presidência
Após pedido do governador,
Aloysio Nunes Ferreira, que
pretendia disputar governo,
confirmou ontem a aliados
que tentará vaga no Senado
Eduardo Knapp/Folha Imagem
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Serra durante ato de assinatura de decreto para criação de estação de pesquisa agroenergética
FÁBIO ZAMBELI
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
PSDB e DEM avançaram na
costura do acordo para a eleição ao governo do Estado de
São Paulo e estão prestes a
anunciar que o candidato a vice-governador na chapa de Geraldo Alckmin ao Palácio dos
Bandeirantes será Guilherme
Afif Domingos. Os dois ocupam
secretarias do governo e devem
deixar os cargos para a disputa.
O último nó para o acordo foi
desatado ontem: o chefe da Casa Civil, Aloysio Nunes Ferreira, avisou aos aliados que concorrerá ao Senado. Atendendo
ao pedido do governador e presidenciável José Serra, Aloysio
desistiu de desafiar Alckmin
para as prévias. Há duas semanas, a Folha adiantou que ele
tendia a concorrer ao Senado.
Mas só ontem, depois de conversa com Serra, informou oficialmente a seus aliados.
O ex-governador de São Paulo Orestes Quércia (PMDB) já
avisou a seus apoiadores que
será "companheiro de chapa"
de Aloysio, concorrendo à outra vaga ao Senado.
Com o PMDB, a aliança projeta arrebatar 60% do horário
eleitoral: 10 minutos dos 18 minutos de programa a ser veiculado a partir de 17 de agosto.
Alckmin (Desenvolvimento),
Afif (Emprego e Relações do
Trabalho) e Aloysio se afastam
do governo do Estado na semana que vem. Alckmin e Afif já
traçam agenda paralela a partir
do próximo mês.
O anúncio da chapa só deverá acontecer após o lançamento da candidatura de Serra à
Presidência, no dia 10 de abril.
"A aliança com o DEM está
resolvida. Devemos fazer um
evento em abril", disse o presidente estadual Mendes Thame.
Despedida
No dia 31, como antecipou o
"Painel" ontem, Serra oficializará sua renúncia ao governo
no auditório Ulysses Guimarães, no Palácio dos Bandeirantes. Diante de 2.000 convidados, o tucano fará uma prestação de contas de seu mandato.
Segundo roteiro discutido
com aliados, Serra enviará, no
dia da cerimônia, carta de renúncia à Assembleia Legislativa, com a data de 2 de abril. Ele
quer ficar no cargo até a Sexta-Feira da Paixão. Na véspera, terá inaugurado o Rodoanel.
Para garantir visibilidade a
Serra, o rito acontecerá em capítulos. A transmissão de cargo
para o vice, Alberto Goldman,
deverá acontecer na terça.
O lançamento da candidatura à Presidência será no dia 10.
Só depois, a coalizão estadual
deverá ser anunciada. Ontem,
ainda que em tom de brincadeira, Serra revelou a preocupação
com o deserto que atravessará
até as convenções de junho.
"Vocês vão se livrar de mim.
Vamos ter que suplicar para
que venham me cobrir no futuro", disse Serra aos jornalistas.
Caberá a Alckmin demover o
deputado José Aníbal da disposição de disputar prévias para o
Senado. O PSDB tentará ainda
convencer os secretários Paulo
Renato Souza (Educação) e Xico Graziano (Meio Ambiente) a
concorrer à Câmara.
Como o PTB também reivindicava seu espaço na aliança, o
problema com o partido também deverá ser solucionado.
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