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Familiares dizem que laudo oficial está correto
do enviado especial a Maceió
A família de Paulo César Farias
acredita que o inquérito policial e o
laudo oficial sobre as duas mortes,
de 23 de junho de 1996, apresentaram "provas cabais" de que Suzana matou PC e depois se suicidou.
É o que dizem o deputado federal
Augusto Farias (PPB-AL) e o médico Luiz Romero, seus irmãos.
A defesa dessa tese foi tão inabalável que, em relatório ao procurador-geral da República, Geraldo
Brindeiro, o procurador Delson
Lyra da Fonseca, escalado para
acompanhar o inquérito, assinalou esse fato.
"Curiosa foi a atitude de alguns
veículos de comunicação, autoridades, técnicos e, principalmente,
dos irmãos de Paulo César. Ao reagirem a qualquer opinião contrária, procediam de uma energia tal
que transformaram, em certos
momentos, o debate em confronto: era como se nenhuma outra hipótese possível pudesse ser sequer
ventilada", declarou o procurador.
²
"Louca"
Quando o juiz Alberto Jorge
Correia de Barros Lima encomendou, em 1997, uma "manifestação
técnica" (não um laudo) ao legista
George Sanguinetti, a partir de pedido da promotora Failde Mendonça, o deputado federal Augusto
Farias criticou a decisão, em entrevista anexada aos autos: "Esse juiz
não poderia ter aceitado o pedido
dessa louca", afirmou.
Sanguinetti concluiu que Suzana
não matou o ex-tesoureiro de Fernando Collor nem se suicidou.
Antes de ser completamente
afastada das investigações sobre as
mortes, a Polícia Federal trabalhou
com 15 hipóteses sobre o crime.
Em uma delas, Augusto era suspeito de ter mandado matar o irmão e a namorada. "Isso é fruto de
convulsão mental", disse então
Luiz Romero.
Outra hipótese com que a Polícia
Federal trabalhava era a de que Suzana Marcolino poderia ter matado Paulo César Farias, infiltrada
por inimigos do empresário, e depois poderia ter sido assassinada
pelos seguranças do namorado,
por ordem da família.
Nesse caso, diante de adversários
da família dispostos a matar, provavelmente Augusto Farias não teria saído, um dia depois do enterro
do irmão, para fazer sua caminhada matinal na praia da Ponta Verde, em Maceió, sem o acompanhamento de seguranças.
(MM)
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