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São Paulo, quinta-feira, 24 de abril de 2003

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PMDB exige definição de participação no governo

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O PMDB suspendeu ontem a negociação para entrar no governo até que o Planalto defina qual será a participação do partido no ministério. Em conversa com o ministro José Dirceu (Casa Civil), líderes peemedebistas pediram para ser "poupados de conversas que se repetem sem resultado nenhum" e que só serviriam para desgastá-los.
A conversa de Dirceu com os líderes do PMDB ocorreu no gabinete do presidente do Senado, José Sarney (AP). Ao saber do impasse, imediatamente os líderes do PFL e do PSDB procuraram o líder peemedebista Renan Calheiros (AL) para propor a formação de um bloco parlamentar de oposição no Senado.
Calheiros pediu tempo para pensar. É pouco provável que o bloco seja formalizado. A proposta serve mais para aumentar o poder de pressão do PMDB sobre o governo. Mas se isso vier a ocorrer o bloco contará com 49 senadores, número mais que suficiente para impedir a aprovação de reformas no Senado.
À saída da conversa, Dirceu disse que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem todo o interesse em integrar o PMDB à base governista, mas ressaltou que o partido também precisa decidir se quer ou não ser governo. "No PMDB há divergências [sobre a participação], no governo, não [há divergência]".
"Como está, pode não estar bom, mas também não está ruim.", afirmou Dirceu, referindo-se a acordos pontuais feitos com o PMDB para votações no Congresso. Os peemedebistas têm funcionado como uma espécie de fiel da balança em algumas votações do Congresso. (RC)


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