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PMDB exige definição de participação no governo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O PMDB suspendeu ontem a
negociação para entrar no governo até que o Planalto defina qual
será a participação do partido no
ministério. Em conversa com o
ministro José Dirceu (Casa Civil),
líderes peemedebistas pediram
para ser "poupados de conversas
que se repetem sem resultado nenhum" e que só serviriam para
desgastá-los.
A conversa de Dirceu com os líderes do PMDB ocorreu no gabinete do presidente do Senado, José Sarney (AP). Ao saber do impasse, imediatamente os líderes
do PFL e do PSDB procuraram o
líder peemedebista Renan Calheiros (AL) para propor a formação
de um bloco parlamentar de oposição no Senado.
Calheiros pediu tempo para
pensar. É pouco provável que o
bloco seja formalizado. A proposta serve mais para aumentar o poder de pressão do PMDB sobre o
governo. Mas se isso vier a ocorrer o bloco contará com 49 senadores, número mais que suficiente para impedir a aprovação de reformas no Senado.
À saída da conversa, Dirceu disse que o presidente Luiz Inácio
Lula da Silva tem todo o interesse
em integrar o PMDB à base governista, mas ressaltou que o partido também precisa decidir se
quer ou não ser governo. "No
PMDB há divergências [sobre a
participação], no governo, não
[há divergência]".
"Como está, pode não estar
bom, mas também não está
ruim.", afirmou Dirceu, referindo-se a acordos pontuais feitos
com o PMDB para votações no
Congresso. Os peemedebistas
têm funcionado como uma espécie de fiel da balança em algumas
votações do Congresso.
(RC)
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