São Paulo, segunda-feira, 24 de abril de 2006

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ELEIÇÕES 2006/PRESIDÊNCIA

Tucanos vão ao TSE contra propaganda da auto-suficiência do petróleo, que, segundo eles, promove eleitoralmente o presidente Lula

PSDB quer suspender comercial da Petrobras

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O PSDB informou ter ingressado anteontem no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com uma representação e um pedido de investigação eleitoral contra a campanha publicitária da Petrobras para divulgar a auto-suficiência na produção do petróleo.
Os tucanos pedem a suspensão da campanha e a aplicação de multa ao presidente da estatal, José Gabrielli, e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O argumento dos dois documentos -cujo protocolo no TSE a Folha não conseguiu confirmar ontem- é semelhante: o de que o objetivo camuflado da campanha é beneficiar eleitoralmente Lula, que deve disputar a reeleição.
"Na prática, a Petrobras malversou recursos para, de forma subliminar, promover eleitoralmente a pessoa do senhor Luiz Inácio Lula da Silva, notório pré-candidato à Presidência da República", diz o texto da representação.
Com o argumento de que a campanha da auto-suficiência tem cunho eleitoral, as ações fazem referência à seguinte locução da propaganda televisiva: "Só nos últimos três anos foram investidos R$ 63 bilhões para que o país chegasse a essa conquista".
"Uma rápida leitura do texto acima transcrito revela evidente propaganda eleitoral intempestiva pois afirma que nos últimos três anos, ou seja, durante o mandato do senhor Luiz Inácio Lula da Silva, a Petrobras recebeu, supostamente, um volume recorde de investimentos, R$ 63 bilhões, necessários para chegar a essa conquista", diz a representação.
A assessoria do Palácio do Planalto disse ontem que, por enquanto, não comentará as ações do PSDB. A Folha não conseguiu falar com assessores da Petrobras.
"Isso é propaganda eleitoral clara. Além disso, há evidentes mentiras, a maior delas é a desqualificação do governo passado. Entre 1995 e 2002, no governo do PSDB, praticamente dobrou-se a produção da Petrobras", afirmou o deputado Alberto Goldman (SP).


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