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Juiz e procurador vão à Justiça disputar dez dias como prefeito de Fortaleza
KAMILA FERNANDES
DA AGÊNCIA FOLHA, EM FORTALEZA
O cargo de prefeito interino
de Fortaleza, a ser ocupado
por dez dias, até o retorno da
prefeita Luizianne Lins (PT)
dos EUA, no final da próxima
semana, virou alvo de uma
disputa judicial. Com uma liminar, o juiz Martônio Vasconcelos, da Vara da Fazenda
Pública, foi empossado ontem à tarde. Ele entrou no lugar do procurador-geral do
município, Martônio Mont'Alverne, que tinha sido designado pela prefeita para ficar no cargo até sua volta.
Todo o impasse aconteceu
porque o vice-prefeito, Carlos
Veneranda (PDT), e o presidente da Câmara Municipal,
Tin Gomes (PHS), não assumiram o cargo para não serem impedidos pela Justiça
Eleitoral de concorrer a uma
vaga na Câmara Municipal.
Ambos saíram da cidade.
A indefinição aconteceu
também porque a Lei Orgânica do Município não determina quem seria o terceiro na
sucessão municipal, no caso
da ausência dos demais. Para
Luizianne e Mont'Alverne,
não haveria impedimento para o procurador assumir.
A ação para anular a posse
do procurador-geral foi proposta pela ACM (Associação
Cearense de Magistrados).
Para o líder da prefeita na
Câmara Municipal, Guilherme Sampaio (PT), a posse de
um juiz da Vara da Fazenda é
uma interferência entre poderes, pois não há um Judiciário na esfera municipal.
Mont'Alverne ainda iria buscar, no Tribunal de Justiça do
Ceará, derrubar a liminar que
suspendeu a sua posse.
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