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Painel
Renata Lo Prete
painel@uol.com.br
Atração fatal
Quem acredita que Germano Rigotto, historicamente alinhado à ala oposicionista do PMDB, apoiará
Geraldo Alckmin deveria ter ouvido a conversa para lá
de cortês que o governador do Rio Grande do Sul teve
quinta com o presidente Lula no Palácio do Planalto.
Ladeado pelos ministros Dilma Rousseff (Casa Civil) e Tarso Genro (Relações Institucionais) -ambos
do PT gaúcho, adversário do PMDB no Estado-, Rigotto disse que não irá "nacionalizar" sua campanha à
reeleição. "Meu palanque não será de ninguém."
É um banho de água fria em Geraldo Alckmin, que
fez da conquista do Sul uma de suas estratégias para
confrontar a dominância de Lula no Nordeste e sempre contou o governador como um aliado.
Ponta de lança. O governador do Paraná, Roberto Requião, avisou à cúpula do
PMDB que tomará a frente do
Movimento Pró-Lula no Sul.
Drive-thru. Ricardo Berzoini prevê que às 13h30 esteja encerrada a convenção do
PT, que começa hoje às 10h.
Serão só seis discursos. "Me
dê mais dois anos no cargo e
acabam as reuniões intermináveis", brinca o presidente.
Matéria-prima. O marqueteiro de Lula, João Santana, vai registrar em vídeo a
convenção para usar na campanha. Ao final será tocado o
jingle novo, mas o "Lula Lá"
também deverá ser entoado.
Casa nova. Já foi escolhido o QG da campanha de Lula
em Brasília. Será um imóvel
no Setor Comercial Sul, bem
mais central que o do PSDB,
que ficará no distante Setor
de Indústrias Gráficas.
Veja bem. Aloizio Mercadante diz que seu comentário,
em almoço com aliados, sobre
a crise que atingiu o PT não
teve os mensaleiros como alvo. O candidato ao governo
paulista reafirma que os eventuais erros dos colegas serão
avaliados pelos eleitores.
Colchão. Zulaiê Cobra (SP)
protocolou no TRE carta com
1.100 assinaturas de convencionais tucanos para tentar
garantir seu nome na disputa
interna pela vaga ao Senado.
Sem migalhas. Segundo
o ex-senador Geraldo Melo, o
PSDB não disputará o governo do Rio Grande do Norte.
Ele acusa o PFL de inviabilizar acordo em torno de sua
candidatura ao Senado.
Um alô. Suzana, mulher de
Bruno Maranhão, visitou a sede do PT em Brasília ontem.
Seu marido foi afastado da direção após invadir a Câmara.
Maestro. Do presidente da
Câmara, Aldo Rebelo (PC do
B), sobre a paralisia da Casa:
"Sou um regente de orquestra
de baile. O casal é o governo e
a oposição. Toco o tempo inteiro. Se eles dançam ou não, é
expressão da vontade deles".
Vôo solo. Cesar Maia recusou convite de um portal de
internet para ancorar um blog
durante as eleições. O prefeito
do Rio disse que prefere continuar com sua newsletter,
por ele batizada de "ex-blog",
"solta e artesanal".
Eu topo. Já o deputado cassado José Dirceu (PT), que
tem se dedicado a criticar a
imprensa, escreverá em seu
próprio blog, no mesmo portal para o qual o pefelista havia sido convidado.
Outro lado. O deputado
Max Rosenmann (PMDB) diz
que a indicação de Waldir
Brandão para o Departamento Nacional de Produção Mineral do Paraná não foi dele e
sim da bancada de seu partido. Brandão é acusado de
coordenar um esquema de exploração ilegal de minérios.
Colunista. Aloizio Mercadante deixa de escrever coluna dominical publicada uma
vez por mês na página B4 da
Folha. A praxe do jornal é
desligar colunistas que estejam concorrendo a cargo no
Executivo uma vez oficializada a candidatura. O petista foi
homologado para disputar o
governo de São Paulo.
Tiroteio
Mais perigoso para o Brasil e para Brasília
é estar num avião cujo painel da
caixa preta tenha sido violado.
Do deputado SIGMARINGA SEIXAS (PT-DF), em resposta ao candidato
pefelista ao governo do DF, José Roberto Arruda, que atacou Lula dizendo temer que o país continue sendo pilotado por um "companheiro de
boteco".
Contraponto
Falha de planejamento
No domingo em que o Brasil enfrentou a Austrália, Geraldo Alckmin desceu para dar entrevista em frente ao
prédio em que mora, na zona sul de São Paulo. Enquanto
respondia as perguntas, moradores da região passavam e
gritavam palavras de estímulo ao presidenciável.
Em clima descontraído, um repórter brincou:
-Governador, seu assessor de imprensa contratou bastante gente para apoiá-lo hoje, hein?
Alckmin riu e continuou a entrevista. Logo em seguida,
um homem passou de carro e, ao contrário dos anteriores, xingou o tucano, que aproveitou a deixa:
-É... acho que o assessor não pagou todo mundo.
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