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Jornalista só
fala ao lado
do advogado
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Cuidadosa com as palavras
e acompanhada de perto pelo advogado Pedro Calmon, a
jornalista Mônica Veloso
disse que não tinha denúncias a fazer contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e mostrava insatisfação toda vez
que as perguntas resvalavam
para as suspeitas de corrupção contra o senador.
Bastante maquiada, usando jóias, vestido estampado e
salto alto, a jornalista conversou com a Folha durante
uma hora e 15 minutos no
escritório de seu advogado
no Lago Sul, um bairro nobre
de Brasília.
A entrevista começou com
uma hora de atraso, embora
Mônica já estivesse no local.
Uma maquiadora chegou ao
escritório quase ao mesmo
tempo que a Folha. A justificativa foi que Calmon estaria
em um compromisso fora.
Sentada em um sofá, Mônica disse preferir que as fotos fossem feitas em um enquadramento mais fechado.
Enquanto a jornalista falava
sobre temas leves, seu advogado lia um jornal. A leitura
era interrompida quando o
assunto era conduzido para
suspeitas contra o presidente do Senado.
Acusada por aliados de Renan de "chantagista", Mônica avalia que teve "uma exposição muito negativa" desde que o escândalo envolvendo o presidente do Senado veio à tona, há cerca de
um mês. Seu objetivo era
melhorar a imagem. Antes
de começar a entrevista, o
advogado quis ter uma idéia
do que seria perguntado.
Ela não quis falar sobre
Verônica Calheiros, mulher
de Renan, nem sobre sua filha com o senador, dizendo
não querer expor a criança.
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