São Paulo, Quinta-feira, 24 de Junho de 1999 |
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SÃO PAULO Tucano diz que data e forma de venda das ações não estão definidas; governador pretende pulverizar capital Covas quer vender 49% da Nossa Caixa
da Reportagem Local O governador Mário Covas (PSDB) disse ontem que o Estado vai vender 49% das ações da Nossa Caixa Nosso Banco, a instituição financeira oficial de São Paulo. Covas afirmou que não sabe ainda quando essa decisão vai ser implementada nem a forma como a venda das ações será realizada. Mas observou que sua intenção é pulverizar o capital da Nossa Caixa, permitindo a participação da população. Nesse caso, as ações seriam oferecidas em Bolsa e não leiloadas em um bloco único. "A Nossa Caixa pertence ao povo de São Paulo. Então quanto mais sócios houver, melhor." O governador acrescentou que o Estado manterá o controle acionário da instituição financeira. "Não se trata de uma privatização, mas de uma venda parcial de ações. O Estado ganha sócios, mas mantém a posição majoritária." A Nossa Caixa passou por um processo de recuperação financeira desde o início do governo Covas. Em dezembro de 94, a empresa tinha ativos totais de R$ 5,9 bilhões. No ano passado, esse valor estava em R$ 13,6 bilhões. Inativos O governador também anunciou que o Executivo vai encaminhar à Assembléia Legislativa no dia 28 o projeto de lei que cria o Fundo de Previdência do Estado. Covas disse que os salários até R$ 600 pagarão 6% de contribuição. Acima disso, haverá alíquotas adicionais, que incidirão em cascata. Segundo o governador, 31% da folha de pagamento do Estado é destinada a aposentadorias de servidores. O governador também disse que pretende incluir no edital de privatização da Paranapanema uma cláusula segundo a qual o novo dono da empresa terá de dar preferência a fornecedores nacionais quando houver igualdade de condições na oferta de equipamentos e serviços. A Paranapanema, que deve ser privatizada em julho, é uma das empresas que surgirão da cisão da Cesp (Companhia Energética de São Paulo). Eleições Covas foi irônico em relação ao senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), que admitiu em Paris que pode ser candidato à Presidência em 2002. "Paris é bom lugar para lançar candidatura", disse Covas. Mas o governador observou que não viu nenhum problema nas declarações de ACM. "O que eu li é que ele disse que não fugiria de um apelo do partido dele se fosse preciso ser candidato", afirmou. O governador elogiou a decisão do presidente Fernando Henrique Cardoso de demitir a diretoria do Banespa em razão da decisão do banco de contestar na Justiça a cobrança da CPMF. Na opinião de Covas, a posição da diretoria do Banespa era "imprópria" e "despropositada". Texto Anterior: Governadores marcam reunião Próximo Texto: Datamec é vendida pelo preço mínimo de R$ 83,65 milhões Índice |
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