São Paulo, quarta-feira, 24 de julho de 2002

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PAINEL

Em defesa da biografia
FHC relatou a interlocutores que prefere Lula a Ciro num eventual segundo turno sem a presença de Serra. Para o presidente, apesar de o PTB dizer que não, o ex-tucano fará de tudo para desgastar sua imagem, caso chegue lá. Com o PT no Planalto não haveria "vingança".

Zeca do FHC
O governador Zeca do PT (MS) diz que combinou com FHC: se Lula não for para o segundo turno, vai votar em Serra.

Pagar para ver
Apesar do crescimento de Ciro, Lula não mudará sua estratégia de campanha a fim de centrar fogo no candidato do PPS. Ao menos por enquanto. O petista acha que a posição de Ciro nas pesquisas ainda não está consolidada. Seria uma espécie de moda. Que pode passar.

Tropa de choque
Serra pediu aos deputados José Aníbal (SP) e Jutahy Júnior (BA) que ataquem Ciro diariamente. Dois serão os motes dos tucanos: desqualificar o programa de governo do presidenciável do PPS e criticar as alianças com setores do PTB e do PFL.

Acharam a culpada
Tucanos já reclamam da atuação de Rita Camata (PMDB), a quem chamam, maldosamente, de a "Paquita" do Serra. Dizem que a candidata a vice, ao contrário de Patrícia Pillar, não consegue atrair muitos votos para a campanha presidencial.

Prioridade em anexo
O líder indígena Aguinaldo Pataxó, da Bahia, fez um discurso que emocionou Lula, ontem, no lançamento do programa de governo do presidenciável petista. Detalhe: nas 73 páginas do caderno, apresentado em evento em Brasília, não há nenhum tópico sobre a questão indígena.

Outra sintonia
O governo federal aprovou a instalação, na Bahia de ACM, da rádio Tucano FM.

Esforço concentrado
Com a larga vantagem de Maluf sobre Alckmin nas pesquisas (43% a 25%), o PSDB-SP pressiona o governador para que ele se licencie do cargo e pense apenas na campanha. O tucano tem dito que não. Acha que o efeito pode ser pior: ficar marcado por trocar o trabalho pela urna.

Desprendimento total
Walter Feldman, presidente da Assembléia de SP, disse a Geraldo Alckmin que desiste de sua campanha a deputado federal e assume o governo paulista caso o tucano decida se licenciar. Com uma condição: quer ser o candidato do PSDB a prefeito de SP em 2004.

Jogo de equipe
O PSDB espalha hoje mil faixas pela capital pedindo votos para José Serra, Geraldo Alckmin e José Aníbal. Romeu Tuma, o outro candidato a senador da coligação dos tucanos com o PFL, não será nem citado.

Outdoor pefelista
Slogan de Romeu Tuma (PFL-SP), candidato ao Senado: "Respeito que São Paulo merece". O marqueteiro Chico Santa Rita, foi contratado ontem e fará a campanha do pefelista.

Turismo de negócios
O Fórum Brasileiro dos Conventions & Visitors Bureaux (entidade sem fins lucrativos, que incentiva o turismo) teve iniciativa inusitada: no convite para uma entrevista coletiva, ontem, anunciou que entre os jornalistas presentes seria sorteada uma viagem para Recife.

Visitas à Folha
Henrique Ubrig, presidente da DuPont América do Sul, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Ingrid Wahle, diretora de negócios, de Luiz Carlos Vieira, gerente de relações externas, e de Itacir Figueiredo Júnior, assessora de imprensa.
 
O deputado federal Emerson Kapaz (PPS) visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Patrícia Blanco, assessora de imprensa.

TIROTEIO

De Ronaldo Lessa (PSB), candidato à reeleição ao governo de Alagoas, sobre o adversário Fernando Collor (PRTB):
- O povo alagoano é bom e até perdoa. Mas tenho certeza de que não vai confiar a chave do cofre ao Collor.

CONTRAPONTO

A caminho do centrão

O presidenciável Ciro Gomes (PPS) promoveu, há duas semanas, uma caminhada pelo centro de São Paulo.
Estava acompanhado de seu vice, Paulinho (PTB), e de vários cabos eleitorais.
No viaduto do Chá, a caminhada teve problemas de organização. Cercado pelos jornalistas, Ciro alegou que não conseguia sequer apertar a mão das pessoas na rua.
O presidenciável também reclamou que o ato estava atrapalhando o trânsito de pessoas pela calçada. Resolveu ele próprio organizar a caminhada.
O ex-ministro pediu silêncio e tentou orientar, aos gritos:
- A imprensa vai para o lado de lá. Os militantes, para o lado de cá.
Segundos depois, ironizou:
- A imprensa vai pela direita, que é onde ela gosta de estar... Nós caminharemos pela centro-esquerda...



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