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Dados estão
desatualizados,
sustenta Ipea
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ipea (Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada) contestou
ontem, durante a divulgação do
relatório anual do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), a colocação brasileira no ranking do IDH e diz
que o estudo usou, "apesar de repetidas advertências", dados sobre saúde e educação "desatualizados" e "totalmente incorretos".
O PIB per capita ajustado pelo poder de compra não foi contestado.
De acordo com o presidente do
órgão, Roberto Martins, o uso dos
valores "corretos" de esperança
de vida, alfabetização e matrícula
elevaria o IDH brasileiro de 0,757
para 0,769 e permitiria avançar
mais três posições no ranking
mundial, ficando, em tese, na 70ª
colocação na classificação geral.
Para o Ipea, o relatório deste
ano deveria ter utilizado, para calcular o IDH de 2000, os seguintes
índices: 68,55 anos de expectativa
de vida ao nascer, 86,3% de alfabetização entre os maiores de 15
anos e 84,6% de taxa bruta de matrícula escolar. Os valores usados
pelo relatório foram 67,7 anos,
85,2% e 80%, respectivamente.
Segundo o Pnud, que convidou
Martins para o lançamento do relatório, a reclamação não procede
porque os índices usados foram
fornecidos pelo governo brasileiro e ajustados para a comparação
com outros países. "Essa discrepância deprimiu o IDH do Brasil", disse Martins, que chegou a
discutir, durante a divulgação,
com funcionários do Pnud.
O secretário de Direitos Humanos, Paulo Sérgio Pinheiro, disse
que a melhora de posição do Brasil no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano mostra que
as políticas sociais no país tiveram
êxito e que o avanço só não foi
maior por conta do nosso "legado
de desigualdade social e racial".
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