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NO AR
Covas se move
NELSON DE SÁ
da Reportagem Local
Mário Covas apresentou a
sua tropa, na Cultura. E falou
primeiro:
- A guerra fiscal acabou
complementada pelo governo
federal. Além dos favores que a
Bahia deu, o governo federal
também deu favores.
Depois falou Itamar Franco,
aliado novo:
- Isso que está acontecendo,
incentivo para a Ford, é porque
não há federação.
Somem-se a Força Sindical e
a CUT, que se reuniram contra
a guerra fiscal, pelos operários
do Ipiranga e do ABC. Some-se
o PNBE, Pensamento Nacional
das Bases Empresariais, que
questionou o Cade em relação
à "concorrência desleal" dos
incentivos fiscais.
Some-se a Globo São Paulo,
nos telejornais editados na
unidade do Brooklyn, que foi
instalada com apoio de Covas.
Some-se o Jornal da Record,
que destacou ontem o ataque
de Covas aos números, dados
por FHC, da redução no apoio
federal à Ford:
- As contas estão erradas.
E aí está a reação de Mário
Covas, ele que demora para se
mexer, mas, quando começa,
não pára tão cedo.
FHC, é evidente, não admite
ter "complementado" a guerra
fiscal. Anteontem, descreveu a
isenção à Ford como "política
de desconcentração".
Também anteontem, na TV,
dizia o presidente:
- A guerra fiscal é negativa.
Negativa, mas algumas regiões
precisam de apoio para crescer.
No Amazonas, sem a Zona
Franca, dificilmente haveria
transformações.
Ele já sabia da Philips, que
ontem saiu de São Paulo para
o Amazonas, enquanto FHC se
encontrava com o governador
Amazonino Mendes.
Aquele mesmo.
Mas o melhor, do lado de
FHC, veio com as federações de
indústria que, por um acaso,
soltaram no mesmo dia notas
contra suposta guerra fiscal
-de Covas.
E-mail: nelsonsa@folhasp.com.br
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