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Mercenários espalham ofertas de dossiês e faturam com a eleição
DA REPORTAGEM LOCAL
O trabalho de espionagem ultrapassa, às vezes, o próprio partido. Sem ideologia partidária ou filiação política, os mercenários se
dedicam ao comércio de informações e de imagens polêmicas. Tudo o que possa ser usado para
prejudicar uma determinada candidatura vale ouro.
Foi um mercenário, por exemplo, que entregou à equipe de
Paulo Maluf (PPB), na eleição
municipal de 2000, uma fita de vídeo em que o petista Luiz Inácio
Lula da Silva afirmava que a cidade de Pelotas "exportava veados".
Os pepebistas não comentam o
valor pago pela gravação.
A exibição da fita durante a propaganda eleitoral não evitou, no
entanto, que Maluf perdesse para
Marta Suplicy (PT).
Nesta eleição, dois partidos afirmaram terem recebido ofertas de
dossiês contra Maluf, por supostas irregularidades praticadas durante sua gestão como prefeito de
São Paulo (1993-1996). O valor solicitado: R$ 5 milhões.
Os partidos citaram ainda terem conhecimento de outro dossiê, desta vez contra o governador
Geraldo Alckmin (PSDB).
Correligionários do presidenciável Ciro Gomes (PPS) afirmaram terem recebido informações
de que adversários procuram por
fitas de vídeo, fotografias ou gravações que registrem possíveis cenas de fúria do presidenciável.
Uma das críticas que Ciro mais
recebe dos opositores é a de ser
destemperado.
(LC E JD)
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