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Foco
Agaciel volta ao Senado e evita acusar congressistas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Ao retomar no final da tarde de ontem sua rotina de
funcionário do Senado depois de 14 anos como diretor-geral da Casa, Agaciel
Maia se disse pronto para
"voltar à planície" e negou
ter recebido ou dado qualquer ordem ilegal enquanto
esteve na diretoria.
Em entrevista coletiva, ele
evitou comprometer qualquer senador, mas acabou
dando um recado: disse que
não teria nenhuma razão para esconder nada em ato secreto, porque nunca nomeou
nem filho, nem irmão em
cargo em comissão.
"Qual foi o pecado de Agaciel? Nomeou filho? Não. E
tinha filho para nomear? Tinha. Nomeou irmão? Não. E
podia nomear? Podia. Precisava? Até precisava, mas eu
não fiz", disse.
Ele afirmou ainda não ser
sua a responsabilidade de
publicar os atos. "Pode ter
acontecido falha, mas não
ilegalidade". Questionado se
o presidente do Senado, José
Sarney (PMDB-AP), ou seu
filho Fernando Sarney alguma vez lhe pediram favores,
Agaciel negou.
No caso de Sarney, disse
"não lembrar" se este lhe pediu para nomear o namorado de uma neta. "Um diretor
geral assina, em média,
5.000 atos por ano. Em 14
anos, são 70 mil atos", desconversou. Logo depois,
acrescentou: "nunca recebi
pressão nenhuma".
Agaciel classificou de "nojenta" a especulação de que
exibia vídeos pornôs em sala
secreta no Senado. "Foi bem
nojento aquele negócio, desproposital. Rapaz, tem tanto
lugar para fazer isso".
Agaciel ficará lotado no
Instituto Legislativo Brasileiro. Ele disse que se dedicará a pesquisa e "garimpagem" para um dicionário bibliográfico dos senadores
que passaram pela Casa.
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