São Paulo, quinta-feira, 24 de outubro de 2002 |
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PAINEL Dividir o peso Lula planeja se reunir já na próxima semana com os 27 novos governadores eleitos. Confirmada sua vitória no próximo domingo, o petista vai propor um pacto de governabilidade para enfrentar o início de seu mandato, que será marcado por um cenário econômico difícil. Boas e más Lula discutirá com os governadores as prioridades de cada região e os projetos de interesse dos Estados que tramitam no Congresso. Mas deixará claro que, com o Orçamento amarrado, não haverá verba para grandes investimentos federais no primeiro ano de mandato. De olho na audiência A cúpula do PT programou para Lula duas entrevistas exclusivas a serem dadas na segunda-feira. Para o Jornal Nacional, onde o petista entraria ao vivo, e para a CNN. No mesmo dia, o petista deve conceder também uma entrevista coletiva para os demais órgãos de imprensa. Tratamento No comitê do PT, Lula já é chamado de "presidente". "A gente tenta evitar o "já ganhou", mas ninguém acredita mais que ele possa perder", diz um coordenador da campanha petista. Acertar o passo Em nome de Lula, petistas já estão convidando entidades da sociedade civil para conversas setoriais com membros da equipe de transição. Dizem que a partir de segunda-feira telefonarão para marcar data e local. Fora de controle A cúpula do PMDB não aceita Sarney na presidência do Congresso, alegando que ele não é "homem de partido". O grupo prefere Renan Calheiros ou Ramez Tebet. O risco de bater demais o pé é, com a vitória de Lula, perder o controle do partido. Prêmio de consolação Na reunião de ontem, FHC disse que José Serra "tem se mostrado um bravo" na disputa presidencial com Lula. Segunda edição O programa de ontem de Lula na TV disse que o governador Jorge Viana (AC) "está concluindo", em parceria com a União, rodovia que ligará Rio Branco ao Peru. Em 19 de setembro, o programa petista afirmara que Viana "concluiu" a obra. No mercado O empresário Ivo Rosset (Valisére), que promoveu jantares para a campanha de Lula, deu a entender a petistas que ficará muito contente se for nomeado para o ministério. De preferência, o do Planejamento. Em alta Hamilton Pereira, poeta e ex-secretário do DF, tem grande chance de virar ministro da Cultura de eventual governo Lula. Espaço disputado O PL desconfia de que seu crescimento será menor do que o esperado após a eleição. Por culpa do PT. O partido acha que os petistas indicarão outras siglas aos deputados interessados em integrar a eventual base de Lula. Para evitar que o PL torne-se "grande demais" e exija muito "espaço" no governo. Vagas abertas O PL se reunirá na próxima terça a fim de montar uma "operação filia-deputado". O partido quer aumentar ao máximo sua bancada antes da posse -o que dará direito a mais tempo no horário eleitoral de 2004. Pior que Roland Garros Gustavo Kuerten foi procurado pelos dois candidatos ao governo de SC -Esperidião Amin (PPB) e Luiz Henrique (PMDB)- em busca de uma declaração de apoio. Mas o tenista, figura mais popular do Estado, não quis se comprometer com nenhum dos políticos. Sob holofotes Robson Tuma (PFL) será o relator na Câmara dos Deputados da medida provisória que dispõe sobre a participação do capital estrangeiro na mídia. TIROTEIO Do deputado estadual Renato Simões (PT-SP), sobre o apoio de Paulo Maluf (PPB) a José Genoino (PT): - É aquele tipo de apoio a partir do qual a gente não sabe quanto vai ganhar, mas sabe o quanto vai perder. CONTRAPONTO Duplo sentido
O comediante Tom Cavalcante saía do aeroporto de Fortaleza, anteontem à noite, na companhia do candidato ao governo
do Ceará pelo PSDB, senador
Lúcio Alcântara, quando um
travesti, na rua, chamou: |
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