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MÍDIA
Muda a direção do 'Correio Braziliense'
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O jornalista Paulo Cabral de
Araújo divulgou ontem a decisão
de renunciar aos cargos de presidente do Grupo Associados e do
jornal "Correio Braziliense".
Sua saída será formalizada na
próxima semana. Com Cabral,
também deixará o jornal o diretor
de redação Ricardo Noblat, que
há oito anos ocupa o cargo. A decisão de Cabral foi motivada por
"moção de censura" enviada a ele
na terça, com críticas à sua gestão.
No final, a moção levou a assinatura de 13 dos 19 condôminos
que compõem os Associados,
conglomerado de jornais fundado por Assis Chateaubriand. Dois
grupos moveram-se contra Paulo
Cabral: cinco condôminos de Minas Gerais e oito aliados do jornalista Ary Cunha (incluindo ele).
Os mineiros vêm criticando a
condução das negociações entre
os Associados e Gilberto Chateaubriand, filho do fundador do grupo, que move na Justiça processo
contra o condomínio. Quer indenização de R$ 160 milhões. Em
abril, Paulo Cabral obteve um
acordo que previa o pagamento
parcelado desse valor. Em contrapartida, os Associados obteriam o
desbloqueio judicial que atinge os
bens dos 12 jornais do grupo.
Os aliados de Cunha ficaram
contrariados com a decisão de
Cabral de destituí-lo da vice-presidência do "Correio Braziliense".
Isso ocorreria nesta semana. Na
campanha eleitoral do DF, os dois
se desentenderam publicamente.
Cunha participou do programa
de TV do governador Joaquim
Roriz (PMDB) para fazer acusações contra o próprio jornal, que
segundo ele estaria fazendo oposição ao governo do DF. Cabral
negou. Cunha assumirá os dois
cargos hoje ocupados por Cabral.
Por determinação do Tribunal
Regional Eleitoral, um oficial de
Justiça acompanhou o fechamento da edição de hoje do jornal.
A medida foi solicitada pela coligação que apóia Roriz para evitar a publicação de fitas com conversas do governador com deputado eleito Pedro Passos (PSD),
acusado de grilagem de terra pública. A publicação foi proibida.
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