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CÂMARA
Logo depois, vem votação de emenda constitucional que trata do sistema financeiro e discute autonomia do Banco Central
Discussão de 35 MPs é prioridade de pauta
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os deputados deverão ocupar
as próximas quatro semanas com
a discussão de 35 medidas provisórias em tramitação na Câmara
para limpar a pauta e permitir a
votação de outros projetos. Depois das MPs, a prioridade é votar
a emenda constitucional que trata
do sistema financeiro e abre espaço para a discussão da autonomia
do Banco Central.
Paralelamente, a Comissão Mista de Orçamento -que reúne deputados e senadores- tratará da
proposta orçamentária para o primeiro ano do próximo governo.
Na discussão do Orçamento de
2003 serão abordados o aumento
do salário mínimo, o reajuste salarial dos servidores públicos e a
manutenção da alíquota de 27,5%
do IRPF (Imposto de Renda da
Pessoa Física).
Segundo o líder do PT na Câmara, João Paulo Cunha (SP), a manutenção dessa alíquota -que vigora até 31 de dezembro- poderá ser proposta ainda neste ano
pelo eventual governo Luiz Inácio
Lula da Silva. "Se localizarmos
fontes de recursos, talvez não seja
necessária. Caso contrário, será
necessária", disse João Paulo.
Ele se reuniu ontem com o presidente da Câmara, Aécio Neves
(PSDB-MG), e com o líder do governo no Congresso, deputado
Arthur Virgílio (PSDB-AM), para
tratar da pauta de votações até o
recesso parlamentar, que se inicia
no dia 15 de dezembro.
Enquanto não forem votadas as
MPs, nenhuma outra proposta
poderá ser apreciada no plenário
da Câmara.
Pelo menos oito são polêmicas,
começando pela MP do futebol
(que transforma os times em empresas), a primeira a ser votada.
Também enfrentam resistência
na Câmara as MPs que restituem
as empresas do setor elétrico dos
prejuízos com o racionamento
(três), que estabelece benefícios
tributários para as empresas aéreas, que trata da anistia de perseguidos políticos, que acaba com a
cumulatividade na cobrança do
PIS/Pasep e que regulamenta a
participação de capital estrangeiro nas empresas jornalísticas.
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