São Paulo, domingo, 24 de outubro de 2004

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SÃO PAULO

Lula inaugura museu e quer pacote social

DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o governo está empenhado em fazer o que classificou de "pacote da cidadania" para atacar alguns setores da sociedade "que vivem no mundo do esquecimento: quilombolas, comunidades indígenas e assentamentos dos sem-terra".
Ontem, em São Paulo, na inauguração do Museu Afro-Brasil, no parque do Ibirapuera, Lula enfatizou que "para esses três segmentos, temos de ter um pacote de cidadania que leve saúde, educação, saneamento básico, saúde bucal, luz e todos os outros benefícios, como o Bolsa Família".
Ele aproveitou para cobrar seus auxiliares. "Isso não custa muito dinheiro, o governo está preparado para fazer, tem os programas, tem dinheiro, agora é só os ministros construírem o pacote."
Também disse que sua administração foi a que mais se aproximou da África. "O que nos separou [da África] foi as mentes colonizadas que dirigiram este país por tanto tempo, que preferiram dedicar e dirigir seus olhares para a Europa e para os Estados Unidos, esquecendo de seus irmãos mais próximos, seja na América do Sul, seja na África".
O presidente, que foi multado em R$ 50 mil pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) por ter pedido votos para a prefeita Marta Suplicy (PT), durante uma inauguração em São Paulo, evitou fazer comentários políticos.
A Advocacia Geral da União recorreu ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). Alega que "não existe norma que proíba a manifestação de qualquer pessoa, inclusive o chefe da nação, sobre sua opção eleitoral em evento oficial em que seja lícita sua presença".


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