|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Petistas apostam em nova candidatura de Lula
DA REPORTAGEM LOCAL
DA AGÊNCIA FOLHA
O prefeito eleito de Porto Alegre, Tarso Genro, prevê vitória
folgada de Luiz Inácio Lula da Silva sobre o senador Eduardo Suplicy numa eventual prévia para
escolha do candidato do PT ao
Planalto em 2002. "Lula vence folgadamente", disse.
Para Genro, o senador "não tem
condições de formar uma maioria" no partido. Disse, porém, ver
com "naturalidade" o lançamento da pré-candidatura. "A candidatura dele tem que ser respeitada
porque é um companheiro que
merece o nosso respeito."
Para Genro, Lula deverá ser pela
quarta vez o candidato do PT.
"Vai ser examinado o processo
através do qual nós vamos escolher, mas a minha intuição e avaliação é que o nosso candidato é o
Lula. Tem que ser o Lula."
O presidente nacional do PT,
deputado José Dirceu (SP), disse
que não vai tentar impedir a candidatura. "Quem sou eu para
pressionar o Suplicy, um senador
com oito milhões de votos. Ele
tem todo direito, todo mérito de
ser candidato", afirmou.
Segundo José Dirceu, "no PT, é
lei: se houver mais de uma candidatura vai haver prévia. Quem decide são os filiados."
O deputado afirmou que, em
jantar há um ano, Lula liberou Suplicy, o ex-governador do Distrito
Federal Cristovam Buarque, os
deputados federais Aloysio Mercadante e José Genoino (SP), e
Tarso Genro para que se lançassem candidatos à sucessão de
FHC e percorressem o país.
"Tudo ficou adiado por causa
das eleições municipais. Não tem
sentido dizer que o diretório do
partido coloca óbice à candidatura de Suplicy porque o diretório
não se reuniu", afirmou.
O governador do Acre, Jorge
Viana (PT), disse ontem que Lula
é, considerando candidatos de todos os partidos, o político mais
bem preparado para se candidatar à Presidência em 2002.
"O Lula é um patrimônio nacional que não pode ser desperdiçado. Não há um político que conheça como ele todos os cantos
do país", afirmou.
Ele reconhece que "também é
legítima" a pré-candidatura de
Eduardo Suplicy. Mas, para ele, as
lideranças do PT deveriam hoje se
preocupar apenas com o diálogo
entre as forças de centro e esquerda e, só a partir de março próximo, começar a pensar no candidato do partido à Presidência.
Segundo ele, o PT deve discutir
desde já estratégias de aliança
com o PDT, o PPS e o PSB, para
um virtual segundo turno. "Deveríamos analisar os projetos desses
partidos e principalmente respeitar a candidatura de cada um."
O prefeito reeleito de Belém, Edmilson Rodrigues, também apóia
Lula para 2002, mas não faria objeções a Eduardo Suplicy. Ele defendeu que o candidato petista seja escolhido até abril de 2001, para
trabalhar o nome nacionalmente.
Rodrigues é contra prévias para
definir o candidato. "Em Belém,
temos trabalhado com o consenso nas indicações, o que não elimina o caráter democrático."
Texto Anterior: Brizola sinaliza apoio a Itamar para presidente Próximo Texto: Assembléia: Procuradoria arquiva ação contra Macris Índice
|