São Paulo, sexta-feira, 24 de novembro de 2006

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Polícia prende 35 acusados de crimes em área indígena

JOÃO CARLOS MAGALHÃES
DA AGÊNCIA FOLHA

A Polícia Federal prendeu ontem ao menos 35 pessoas acusadas de envolvimento com crimes ambientais em terras indígenas de Mato Grosso.
Entre os presos na operação, que ocorreu também em outros seis Estados, estão o ex-superintendente do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis) em Mato Grosso Jacob Kuffner, grileiros, fazendeiros e donos de madeireiras.
Também foi detido o funcionário da Sema (Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso) Geraldo Pereira, que estava cedido pela secretaria desde setembro de 2005 para a assessoria do deputado estadual Dilceu Dal'Bosco (PFL-MT), reeleito nesta eleição.
Segundo a assessoria do órgão estadual, Pereira foi afastado de seu cargo na Sema depois de ter seu nome relacionado a crimes ambientais. A Folha não conseguiu localizar os advogados de Pereira e Kuffner.
A operação, que envolveu cerca de cem policiais e contou com informações cedidas pelo próprio Ibama, foi batizada de Kayabi, em referência ao território indígena onde ocorreram as irregularidades. Estima-se que ações ilegais tenham desmatado 30 mil ha da área.
Em Mato Grosso, foram presos 32 pessoas. Em Sergipe, Mato Grosso do Sul, Goiás e Presidente Prudente (565 km de São Paulo), a PF efetuou uma prisão. A polícia também atuou no Rio de Janeiro e Minas Gerais. No total, foram expedidos 68 mandados de prisão e 34 de busca e apreensão.
Os presos são suspeitos de envolvimento com grilagem de terras, destruição de florestas de preservação permanente, extração ilegal de madeira e falsidade ideológica.


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