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Economista cotado para o cargo é ligado a ACM
LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Salvador
O economista Rodolpho Tourinho, cujo nome está sendo cogitado para a presidência do BNDES
(Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), foi vice-presidente do antigo banco
Econômico, quando a instituição
era presidida pelo ex-ministro Angelo Calmon de Sá.
O economista saiu do Econômico em 91, cinco anos antes da intervenção do Banco Central no banco, em agosto de 96. Na época, ele
aceitou o convite do senador Antonio Carlos Magalhães para fazer de
sua equipe de governo da Bahia.
Trabalhou como secretário da
Fazenda da Bahia por quase oito
anos -de janeiro de 91 até abril último, quando deixou o governo
para ser suplente do candidato
Paulo Souto (ex-governador da
Bahia) ao Senado.
Como secretário, ele era um dos
homens de confiança de ACM no
governo Paulo Souto. Foi um dos
responsáveis pelo equilíbrio das
contas públicas na Bahia.
Informatizou todos os postos fiscais do Estado, participou da renegociação da dívida pública da Bahia (o que possibilitou o Estado
contrair novos empréstimos internacionais) e elaborou um calendário de pagamento para o funcionalismo público.
Na Bahia, com seis meses de antecedência o funcionário estadual
sabe o dia em que seu salário será
depositado na conta.
Discreto, em 97 Tourinho foi
eleito coordenador nacional do
Confaz (Conselho de Política Fazendária), entidade formada pelos
secretários estaduais da Fazenda.
Apesar do aumento na arrecadação estadual, ele é acusado por dirigentes do Sindicato dos Servidores da Fazenda do Estado da Bahia
de ter desenvolvido uma política
de arrocho salarial no funcionalismo público. Durante sua gestão, a
contribuição previdenciária para
os servidores do fisco aumentou
392%, entre 93 e 97, segundo informações do sindicato.
Há quatro anos, o salário dos 175
mil servidores baianos está congelado. O sindicato afirma que o repasse ao funcionalismo tem sido
inferior à inflação.
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