São Paulo, terça, 24 de novembro de 1998

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Economista cotado para o cargo é ligado a ACM

LUIZ FRANCISCO
da Agência Folha, em Salvador

O economista Rodolpho Tourinho, cujo nome está sendo cogitado para a presidência do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), foi vice-presidente do antigo banco Econômico, quando a instituição era presidida pelo ex-ministro Angelo Calmon de Sá.
O economista saiu do Econômico em 91, cinco anos antes da intervenção do Banco Central no banco, em agosto de 96. Na época, ele aceitou o convite do senador Antonio Carlos Magalhães para fazer de sua equipe de governo da Bahia.
Trabalhou como secretário da Fazenda da Bahia por quase oito anos -de janeiro de 91 até abril último, quando deixou o governo para ser suplente do candidato Paulo Souto (ex-governador da Bahia) ao Senado.
Como secretário, ele era um dos homens de confiança de ACM no governo Paulo Souto. Foi um dos responsáveis pelo equilíbrio das contas públicas na Bahia.
Informatizou todos os postos fiscais do Estado, participou da renegociação da dívida pública da Bahia (o que possibilitou o Estado contrair novos empréstimos internacionais) e elaborou um calendário de pagamento para o funcionalismo público.
Na Bahia, com seis meses de antecedência o funcionário estadual sabe o dia em que seu salário será depositado na conta.
Discreto, em 97 Tourinho foi eleito coordenador nacional do Confaz (Conselho de Política Fazendária), entidade formada pelos secretários estaduais da Fazenda.
Apesar do aumento na arrecadação estadual, ele é acusado por dirigentes do Sindicato dos Servidores da Fazenda do Estado da Bahia de ter desenvolvido uma política de arrocho salarial no funcionalismo público. Durante sua gestão, a contribuição previdenciária para os servidores do fisco aumentou 392%, entre 93 e 97, segundo informações do sindicato.
Há quatro anos, o salário dos 175 mil servidores baianos está congelado. O sindicato afirma que o repasse ao funcionalismo tem sido inferior à inflação.



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