DA AGÊNCIA FOLHA, EM LONDRINA

Em campos opostos no Pontal do Paranapanema, a UDR (União Democrática Ruralista) e o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) concordam quanto a críticas ao desempenho do ministro Raul Jungmann (Desenvolvimento Agrário) na condução do processo de reforma agrária no país.
O presidente em exercício da UDR, Luiz Antônio Nabhan Garcia, disse ontem que Jungmann é o responsável ""por transformar propriedades produtivas em favelas rurais" no Pontal (extremo oeste paulista). Para ele, Jungmann é ""incompetente e foi incapaz de fazer uma reforma agrária séria". Garcia criticou a ida do ministro à região. Na terça passada, Jungmann visitou o líder sem-terra José Rainha Jr., que havia sido baleado durante invasão no sábado. Depois, abandonou uma reunião com o MST e prefeitos locais após ser criticado.
Segundo Garcia, a região do Pontal está à beira de uma violenta explosão de conflitos, graças ""à ação do MST, que é hoje o Comando Vermelho [associação criminosa fluminense" do campo".
Ele prevê ações violentas na região, já que proprietários usarão o ""direito legal de proteger suas propriedades contra as ações do Comando Vermelho de José Rainha". O líder do MST disse que a UDR não representa os fazendeiros do Pontal, ""mas uma minoria sem compreensão do atual momento da sociedade". Para ele, um grupo de fazendeiros, ""isolados e suicidas", "não consegue compreender que não é o MST o inimigo, mas esse modelo econômico que penaliza [sic" a todos". (JOSÉ MASCHIO)


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