São Paulo, sexta-feira, 25 de janeiro de 2002 |
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PANORÂMICA FÓRUM SOCIAL MUNDIAL Bové, francês que atacou lavoura transgênica em 2001, volta a Porto Alegre José Bové, o ativista francês que causou polêmica no ano passado ao participar da destruição de uma lavoura transgênica no Rio Grande do Sul, deve chegar na segunda-feira para a segunda edição do Fórum Social Mundial, em Porto Alegre -o evento começa na quarta. Sua presença foi confirmada pela Via Campesina, grupo que reúne trabalhadores rurais de diversos países. "O hotel já está reservado", disse Egidio Brunetto, porta-voz da entidade. A ida de Bové é potencialmente constrangedora para a organização do fórum, que não o convidou oficialmente como em 2001 e que tenta evitar a pecha de agitação social -prefere centrar foco nos debates. O discurso oficial é de tolerância. "A participação no fórum é aberta a todos", afirmou Carla Lyra, secretária-executiva do evento. No ano passado, após participar da abertura do evento na capital gaúcha, Bové seguiu para o interior do Estado com integrantes do MST e auxiliou na destruição de uma lavoura experimental de soja transgênica. Depois da destruição da lavoura, o ativista teve de depor na Polícia Federal em Porto Alegre e recebeu prazo para deixar o país. Segundo a PF no Rio Grande do Sul, não há restrição para o ingresso de Bové no Brasil. Brunetto disse não crer que Bové fará ato semelhante ao de 2001. "O fórum desta vez vai debater mais a Alca", afirmou o representante da Via Campesina, em referência à união comercial proposta para as Américas. Estarão presentes no fórum 180 convidados oficiais e 10 mil delegados de 80 países. O governo gaúcho estima a presença de 50 mil a 60 mil pessoas no evento. (FREE-LANCE PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE) Texto Anterior: Outro lado: Ministro diz que UDR é "defunta" e "caricata" Próximo Texto: Minas: Itamar Franco questiona cálculo de dívida Índice |
|