São Paulo, quarta-feira, 25 de janeiro de 2006

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ELEIÇÕES 2006/PRESIDÊNCIA

Escolha interna é remarcada para 19 de março, duas semanas depois da data anterior; Garotinho diz que irá vencer eleição

PMDB adia prévias, mas reafirma que terá candidatura

ADRIANO CEOLIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Executiva Nacional do PMDB decidiu ontem, por unanimidade, adiar a data da realização das prévias do partido para a escolha do candidato a presidente da República. Elas passaram do dia 5 para o dia 19 de março, dando mais tempo para novas inscrições serem feitas até uma semana antes da data escolhida.
Até agora a disputa das prévias conta com o governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, e com o ex-governador do Rio de Janeiro Anthony Garotinho. Ambos participaram do encontro realizado na sede do PMDB em Brasília e prometeram apoio recíproco a quem vencer a disputa.
Apesar de trabalhar nos bastidores para a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o PMDB governista teve de apoiar a confirmação das prévias porque não tinha votos suficientes dentro da Executiva -que conta com 16 integrantes- para adiá-las por um maior período.
Anteontem à noite, a ala governista peemedebista tentou defender o adiamento maior das prévias. Durante jantar na casa do governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz, os senadores José Sarney (AP) e Renan Calheiros (AL) pediram ao presidente nacional do PMDB, Michel Temer, que não confirmasse a data.
"O Renan chegou a falar comigo, dizendo se não podia adiar um pouco", disse Temer. "Afirmei que não e que a tese da candidatura própria já está consolidada dentro do PMDB", acrescentou.
Para deputados defensores de Rigotto, o recuo de Renan e Sarney foi estratégico. Eles apostam que se a candidatura do vencedor das prévias não decolar até julho, a máquina do PMDB deverá migrar para a candidatura de Lula.
Depois da reunião de ontem, tanto Garotinho quanto Rigotto fizeram questão de ressaltar que não serão abandonados durante a campanha eleitoral, como ocorreu com Ulysses Guimarães, em 1989, e Orestes Quércia, em 1994.
Garotinho foi mais contundente. "Já estou com 15%. Tenho certeza que chegaremos ao segundo turno e venceremos", disse. Rigotto lembrou seu histórico no partido e a vitória na eleição em 2002, que começou com menos de 4% nas pesquisas.
Temer afirmou que se o partido não conseguir chegar ao segundo turno, deverá ser discutido o apoio a algum outro candidato. "Mas vamos fazer uma coalizão eleitoral e uma coalização governamental", disse.
Logo após, Garotinho pediu a palavra para reafirmar que a possibilidade de coalizão não existe porque ele vencerá a eleição.


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