|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Medida teria pouco
impacto, crê governo
JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
As chances de a contribuição
dos inativos para os atuais aposentados ser incluída na reforma
da Previdência são cada vez menores. A avaliação do Ministério
da Previdência é que a medida
não terá grande impacto financeiro no médio e longo prazos.
Além disso, encontrar uma solução jurídica para sua implementação vem sendo considerado algo muito difícil. A taxação
dos atuais inativos faz parte da
discussão da reforma a pedido de
governadores.
A Folha apurou que o governo
federal não trata a medida como
fundamental na discussão da reforma, embora estude a sua viabilidade jurídica. O impacto financeiro de sua adoção no primeiro
ano seria de R$ 1,5 bilhão, mas
com tendência de redução ao longo dos anos.
A medida foi listada na "Carta
de Brasília" -consenso dos 27
governadores e do governo federal sobre os principais pontos das
reformas tributária e previdenciária. "Viabilizar as condições para
a contribuição dos inativos aos regimes próprios".
A economia total gerada pela reforma da Previdência calculada
pelo ministério é de R$ 2,1 bilhões
para o governo federal em 2004.
Entram nessa conta: a elevação da
idade mínima, o aumento dos
prazos de carência, a contribuição
dos futuros inativos e a redução
de 30% no valor das pensões.
O resultado financeiro líquido
da reforma seria de R$ 1,7 bilhão
no primeiro ano de vigência. Isso
porque o PL-9 (projeto que estabelece o regime único de aposentadoria para futuros servidores)
apresentará um custo de R$ 400
milhões em 2004, segundo cálculos do governo.
A contribuição dos futuros inativos seria possível com uma mudança na forma de calcular as
aposentadorias no setor público.
Em vez da remuneração bruta, seria utilizado o vencimento líquido
do funcionário, ou seja, já descontada a contribuição previdenciária de 11%. A conta da economia
descarta a adoção do fator previdenciário no setor público.
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Janio de Freitas: Questão urgente Índice
|