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Alckmin quer decisão sobre São Paulo até fim de março
DA REPORTAGEM LOCAL
Para desespero dos que temem a deflagração de duas candidaturas no campo PSDB-DEM - leia-se governador José Serra - o ex-governador Geraldo Alckmin já trabalha internamente para que o partido
anuncie sua decisão sobre São
Paulo até o fim de março. Em
reuniões com tucanos, Alckmin afirma que não há necessidade de definição em fevereiro.
Mas argumenta:
"Não se deve deixar as coisas
para última hora. Não se deve
improvisar. É importante que
nos próximos 30, 40 dias a gente acelere esse debate", discursou Alckmin, numa reunião na
Zona Leste da cidade.
Sem liberdade para costura
de alianças até a oficialização
de sua candidatura, Alckmin
insiste para que "não se deixe [a
decisão] para junho".
Ele evita se declarar candidato. Mas diz estar animado com
o partido - o ex-governador
enaltece o papel do prefeito e
dá a senha:
"Não há nada que realize
mais o ser humano do que se
sentir útil aos semelhantes".
Segundo alckmistas, o ex-governador depende da consolidação da candidatura para ter
maior mobilidade para planejamento da campanha.
Na semana passada, porém,
Serra disse que ainda é cedo para definir o quadro eleitoral.
Lembrando que o prazo final
é junho, o secretário municipal
de Esportes, o tucano Walter
Feldman, tem sugerido que a
decisão fique para depois.
"Tem de ser maio, na pior das
hipóteses. Junho, na melhor. O
Geraldo (Alckmin) não tem por
que ficar na chuva por dois meses", argumentou.
Nas reuniões partidárias,
Alckmin prega a importância
da candidatura à prefeitura.
Ontem, após assistir a uma
missa no Itaim Paulista e participar de uma reunião na associação comercial de São Miguel
Paulista, ele voltou a classificar
como natural o lançamento de
candidato por um partido com
"os quadros do PSDB".
Mais do que a pavimentação
para 2010, diz Alckmin, "a eleição de 2008 é importante em si
própria". "É o governo mais
perto da população. O governo
da cidade é o que mais poderá
fazer para melhorar a vida dos
cidadãos".
Negando que tenha defendido a saída dos tucanos da prefeitura, Alckmin não quis comentar o documento encaminhado pela bancada dos vereadores do PSDB à executiva municipal do partido. Na nota, cujo teor não foi divulgado, a bancada defende a manutenção da
aliança PSDB-DEM e solicita
que a proposta seja submetida
ao diretório municipal.
"Não li o documento. Ainda
não o entendi", disse Alckmin,
repetindo que também é favorável à aliança.
Mas ressalta: "Aliança pode
ser feita no primeiro turno. É o
que, se depender de nós, vamos
trabalhar para fazer. Ou no segundo turno".
(CATIA SEABRA)
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