São Paulo, segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

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Alckmin quer decisão sobre São Paulo até fim de março

DA REPORTAGEM LOCAL

Para desespero dos que temem a deflagração de duas candidaturas no campo PSDB-DEM - leia-se governador José Serra - o ex-governador Geraldo Alckmin já trabalha internamente para que o partido anuncie sua decisão sobre São Paulo até o fim de março. Em reuniões com tucanos, Alckmin afirma que não há necessidade de definição em fevereiro. Mas argumenta:
"Não se deve deixar as coisas para última hora. Não se deve improvisar. É importante que nos próximos 30, 40 dias a gente acelere esse debate", discursou Alckmin, numa reunião na Zona Leste da cidade.
Sem liberdade para costura de alianças até a oficialização de sua candidatura, Alckmin insiste para que "não se deixe [a decisão] para junho".
Ele evita se declarar candidato. Mas diz estar animado com o partido - o ex-governador enaltece o papel do prefeito e dá a senha:
"Não há nada que realize mais o ser humano do que se sentir útil aos semelhantes".
Segundo alckmistas, o ex-governador depende da consolidação da candidatura para ter maior mobilidade para planejamento da campanha.
Na semana passada, porém, Serra disse que ainda é cedo para definir o quadro eleitoral.
Lembrando que o prazo final é junho, o secretário municipal de Esportes, o tucano Walter Feldman, tem sugerido que a decisão fique para depois.
"Tem de ser maio, na pior das hipóteses. Junho, na melhor. O Geraldo (Alckmin) não tem por que ficar na chuva por dois meses", argumentou.
Nas reuniões partidárias, Alckmin prega a importância da candidatura à prefeitura. Ontem, após assistir a uma missa no Itaim Paulista e participar de uma reunião na associação comercial de São Miguel Paulista, ele voltou a classificar como natural o lançamento de candidato por um partido com "os quadros do PSDB".
Mais do que a pavimentação para 2010, diz Alckmin, "a eleição de 2008 é importante em si própria". "É o governo mais perto da população. O governo da cidade é o que mais poderá fazer para melhorar a vida dos cidadãos".
Negando que tenha defendido a saída dos tucanos da prefeitura, Alckmin não quis comentar o documento encaminhado pela bancada dos vereadores do PSDB à executiva municipal do partido. Na nota, cujo teor não foi divulgado, a bancada defende a manutenção da aliança PSDB-DEM e solicita que a proposta seja submetida ao diretório municipal.
"Não li o documento. Ainda não o entendi", disse Alckmin, repetindo que também é favorável à aliança.
Mas ressalta: "Aliança pode ser feita no primeiro turno. É o que, se depender de nós, vamos trabalhar para fazer. Ou no segundo turno".
(CATIA SEABRA)


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