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Governo de PE nega proteção aos sem-terra
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
O governo de Pernambuco não vai oferecer proteção especial aos integrantes do MST (Movimento dos Trabalhadores
Rurais Sem Terra) que estão acampados em São
Joaquim do Monte (PE),
onde quatro seguranças de
uma fazenda foram mortos no sábado por integrantes do movimento.
A proteção foi reivindicada anteontem pelo
MST, sob alegação de que
os sem-terra correm risco
de morte. O governo afirma que a obrigação do Estado é proteger quem está
sob sua custódia -no caso,
os dois presos por suspeita
de participação no crime.
O governador Eduardo
Campos (PSB) disse que o
governo "não tolera a violência", seja de fazendeiros ou de trabalhadores
rurais, e que "quem cometeu o crime terá que dar
explicações à Justiça".
Pelo menos mais dois
sem-terra estão sendo
procurados, suspeitos de
envolvimento no crime.
Um segurança que conseguiu fugir deverá ser ouvido amanhã pelo delegado responsável, Luciano
Francisco Soares.
O superintendente do
Incra (Instituto Nacional
de Colonização e Reforma
Agrária) em Recife, Abelardo Siqueira, pretende
se reunir hoje com as lideranças estaduais do MST,
em Caruaru (PE). Ele planeja visitar a área do conflito.
(FÁBIO GUIBU)
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