São Paulo, quinta-feira, 25 de março de 2004

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Rumores sobre a saída de ministro voltam a circular

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Rumores de que o ministro José Dirceu (Casa Civil) deixaria o governo dominaram as conversas no mercado financeiro e no Congresso ontem.
Membros do governo e até o presidente Lula negaram os rumores, que afetaram, porém, os indicadores econômicos -houve alta do dólar, que terminou cotado a R$ 2,93, alta de 0,51%, após ter variado num nível maior que o normal.
O deputado Devanir Ribeiro (PT-SP) esteve com Lula ontem no Planalto. Ao final do encontro, perguntou a Lula o que ele achava dos boatos sobre a saída de Dirceu. Lula teria dito: "Se tão falando, deixa falar. Não tem nada disso".
No fim da tarde, a Secretaria de Comunicação de Governo negou oficialmente os rumores. Segundo a assessoria do ministro Luiz Gushiken, os boatos sobre a saída de Dirceu são "totalmente infundados".
As pessoas que foram recebidas em audiência ontem por Lula e por Dirceu saíram do Planalto afirmando que não notaram nenhum clima diferente no governo. "Ele [Dirceu] estava muito bem", disse o ex-governador Orestes Quércia.
Assessores de Dirceu confirmaram que ele estava bem-humorado. No início da tarde, recebeu a visita do presidente da Câmara, João Paulo Cunha (PT-SP). A agenda de Dirceu, que previa despacho com Lula às 16h30 de ontem, foi usada pelo mercado financeiro e por deputados para levantar dúvida sobre a sua permanência. Como José Dirceu despacha freqüentemente com o presidente, soou estranho a hora marcada para uma conversa.
O tesoureiro do PT, Delúbio Soares, disse ontem que o caso Waldomiro "está se dissipando". "Uma crise como essa é como um carro em alta velocidade: não pára de uma vez, vai parando devagarinho."


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