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Rumores sobre a
saída de ministro
voltam a circular
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Rumores de que o ministro
José Dirceu (Casa Civil) deixaria o governo dominaram as
conversas no mercado financeiro e no Congresso ontem.
Membros do governo e até o
presidente Lula negaram os rumores, que afetaram, porém,
os indicadores econômicos
-houve alta do dólar, que terminou cotado a R$ 2,93, alta de
0,51%, após ter variado num
nível maior que o normal.
O deputado Devanir Ribeiro
(PT-SP) esteve com Lula ontem no Planalto. Ao final do
encontro, perguntou a Lula o
que ele achava dos boatos sobre a saída de Dirceu. Lula teria
dito: "Se tão falando, deixa falar. Não tem nada disso".
No fim da tarde, a Secretaria
de Comunicação de Governo
negou oficialmente os rumores. Segundo a assessoria do
ministro Luiz Gushiken, os
boatos sobre a saída de Dirceu
são "totalmente infundados".
As pessoas que foram recebidas em audiência ontem por
Lula e por Dirceu saíram do
Planalto afirmando que não
notaram nenhum clima diferente no governo. "Ele [Dirceu]
estava muito bem", disse o ex-governador Orestes Quércia.
Assessores de Dirceu confirmaram que ele estava bem-humorado. No início da tarde, recebeu a visita do presidente da
Câmara, João Paulo Cunha
(PT-SP). A agenda de Dirceu,
que previa despacho com Lula
às 16h30 de ontem, foi usada
pelo mercado financeiro e por
deputados para levantar dúvida sobre a sua permanência.
Como José Dirceu despacha
freqüentemente com o presidente, soou estranho a hora
marcada para uma conversa.
O tesoureiro do PT, Delúbio
Soares, disse ontem que o caso
Waldomiro "está se dissipando". "Uma crise como essa é
como um carro em alta velocidade: não pára de uma vez, vai
parando devagarinho."
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