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Painel
RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br
Deixa que eu deixo
A base aliada saiu rindo à toa da reunião de líderes
realizada para definir o rito de instalação da CPI do
Apagão Aéreo no Senado. Diante da benevolência da
oposição, que tomou a iniciativa de propor que fossem dilatados os prazos para a indicação dos membros, os governistas agora acham que será sopa simplesmente enterrar a investigação na Casa.
"A oposição, nesse episódio, fica a todo momento falando "me segura, senão eu brigo'", resumiu um governista logo depois da reunião. A idéia agora é, tão logo o
Supremo Tribunal Federal decida pela instalação da
CPI na Câmara, chamar novamente os oposicionistas
e apelar à "racionalidade" de fazer uma só comissão.
Na mão. A oposição, tão
compreensiva, pode ficar a
ver navios caso a CPI do Apagão Aéreo vingue no Senado.
Isso porque o PT insistirá que,
para definir os cargos na comissão, seja considerado o
bloco governista. Isso tiraria
do DEM o direito de indicar o
presidente ou o relator.
Fim de linha. Diante da
aparente iminência da nova
CPI, repórteres perguntaram
a Romero Jucá (PMDB-RR)
quando começaria a funcionar a das ONGs, criada há 40
dias. "Estamos na reta final
das indicações", respondeu o
líder do governo. "A reta do
Romero é longa", brincou o
presidente do Senado, Renan
Calheiros (PMDB-AL).
Bandeira. O DEM decidiu
usar seus programas de televisão, em maio, para amplificar a campanha "Xô CPMF".
Parte das propagandas regionais do partido vai martelar o
slogan, enquanto a peça nacional será dedicada a apresentar o novo nome e a nova
direção do antigo PFL.
Freguês. O senador Tasso
Jereissati (CE) está relatando
aos governadores do PSDB os
detalhes de sua visita a Lula.
Ontem, o presidente da sigla
recebeu em Brasília a gaúcha
Yeda Crusius e avisou que
pretende voltar ao Planalto.
Parceria. A CNI, presidida
pelo deputado Armando
Monteiro Neto (PTB-PE), decidiu entregar a Lula o documento final do congresso sobre inovação na indústria que
realizou em São Paulo.
Tricô. Quem marcou presença ontem no congresso de
inovação foi José Serra
(PSDB). Na sede da Fiesp, o
governador defendeu a importância da indústria e repetiu seu mantra sobre juros e
câmbio. O presidente da federação, Paulo Skaf, retribuiu
rasgando elogios ao tucano.
Boicote. O clima no PMDB
antes de Michel Temer (SP)
partir para nova conversa
com o ministro Mares Guia
(Relações Institucionais), ontem, beirava a insurreição.
Um grupo falava em boicotar
votações em plenário -e não
só nas comissões- caso a novela do segundo escalão não
se resolva em uma semana.
Até isso. Alegando ser a
maior bancada da Câmara, o
PMDB pediu a Arlindo Chinaglia (PT-SP) para ocupar a
primeira fila do lado esquerdo
do plenário, onde se sentam
os petistas desde 2003. O pleito desencadeou protestos, já
que os desalojados teriam de
ir para o "fundão". No fim, decidiram deixar como antes.
Timing. O ministro Carlos
Lupi (Trabalho) se esforça para concluir ainda nesta semana as negociações sobre a medida provisória que vai formalizar -garantindo recursos
adicionais- as centrais sindicais . Tudo para anunciar com
pompa o acordo nas comemorações de 1º de Maio da Força
Sindical e da CUT, em SP.
Vingança. O PSDB paulistano quer dar o troco em Roberto Tripoli, que em 2005
deixou o partido, aliou-se aos
opositores do então prefeito
José Serra e levou a presidência da Câmara Municipal.
Mesmo sem muitas chances
de êxito, a direção da sigla pedirá na Justiça a vaga do vereador, que agora está no PV.
Tiroteio
"O Mário Covas fazia mais oposição ao
Fernando Henrique do que o Serra faz ao Lula".
Da ex-deputada federal ZULAIÊ COBRA (SP), que ontem anunciou sua
desfiliação do PSDB sob a alegação de que discorda dos gestos de aproximação entre tucanos e petistas.
Contraponto
Show do milhão
Roberto Requião (PMDB) comandava ontem o encontro
semanal da Escola de Governo do Paraná, transmitido pela TV Educativa local, quando percebeu que eram poucos
os deputados de sua base na Assembléia Legislativa presentes na platéia. O governador então teve uma idéia para
elevar o quórum nas próximas semanas:
-Agora vai ser como nos programas de auditório: quem
aparecer sairá daqui com um prêmio.
E foi logo estabelecendo os critérios:
-O deputado que aparecer quatro vezes ganha um desfibrilador para enviar à sua base eleitoral. Se forem quatro vezes seguidas leva uma ambulância!
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