São Paulo, quarta-feira, 25 de abril de 2007

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Governo gaúcho põe ações de banco estatal à venda

Disputa com oposição, que teme privatização, é acirrada

DA AGÊNCIA FOLHA, EM PORTO ALEGRE

O governo do Rio Grande do Sul decidiu colocar à venda ações do Banrisul, banco estatal, para garantir a entrada de recursos extras no caixa do Estado. A gestão de Yeda Crusius (PSDB) enfrenta dificuldades para quitar dívidas com fornecedores e fazer investimentos.
Apesar de o governo ter afirmado que a negociação não abrirá caminho para a privatização do banco, a medida acirrou o confronto com a oposição, já que Yeda havia garantido, durante sua campanha, que não venderia o Banrisul.
A eventual privatização foi o tema principal do segundo turno da eleição gaúcha, que opôs Yeda a Olívio Dutra (PT).
A intenção do governo tucano é arrecadar cerca de R$ 2 bilhões com a venda das ações, soma que praticamente zeraria o déficit de R$ 2,2 bilhões.
Os recursos, segundo estudos da Secretaria da Fazenda, serviriam para criar um fundo garantidor de aposentadorias.
O líder do PT na Assembléia Legislativa, Raul Pont, disse que a oposição foi surpreendida pela informação da venda e que impedirá qualquer tentativa de privatização.
A direção do Banrisul diz que não haverá alteração no controle acionário do banco porque serão oferecidas somente ações preferenciais (sem direito a voto). O governo do Rio Grande do Sul tem 99,4% de participação no banco.
Ontem, em Brasília, Yeda se reuniu com o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Pediu aval para negociar financiamento com o Banco Mundial para abater parte da dívida do Estado com o governo federal. Não houve resposta imediata do ministro. (SIMONE IGLESIAS)


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