São Paulo, quarta-feira, 25 de abril de 2007

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Toda Mídia

Nelson de Sá

Dinheiro, dinheiro

Na home do UOL, "investimento estrangeiro é o maior em 60 anos". Na explicação do Banco Central na Folha Online, "você tem confiança, economia estável, medições de risco, todas elas, baixas. E perspectiva de crescimento". É o que se vê há tempos em sites de finanças, como no "Wall Street Journal" de ontem: "o custo de proteção" para o investimento em emergentes, Brasil à frente, é menor do que "suas reputações poderiam sugerir". Está em "níveis de baixos recordes", explicados por "fundamentos sólidos e a conversa persistente de elevação das notas de crédito".

O DECLÍNIO DA AMÉRICA
Foi a manchete nos sites do "New York Times" ao "Financial Times", "Toyota passa GM pela primeira vez". Em destaque no primeiro, "é um marco no longo declínio da América". A GM foi "a número um por 70 anos", observou o "WSJ", sublinhando que, "além do mercado-chave dos EUA, a Toyota tem feito um grande esforço em emergentes como China e Índia". E Brasil, pelo que destacou o "Valor" um dia antes, com a notícia de que a montadora "estuda nova fábrica no país", segundo seu presidente, e até "tem feito inúmeras visitas pelas cidades brasileiras".

MANHATTAN PROJECT
Sem reação imediata à Toyota, a GM declarou à Dow Jones, por outro lado, que a Casa Branca "precisa adotar abordagem de Manhattan Project se quiser enfrentar a preocupação crescente com o uso de combustíveis fósseis". O vice da empresa cobrou importação de etanol do Brasil.
Em tempo, Manhattan Project foi o programa que produziu a bomba atômica, lançada afinal sobre o Japão.

ATÉ A FIAT
No "WSJ", mais montadora, agora a italiana Fiat, que "mais que dobrou" as vendas "na Europa e no Brasil", segundo o enunciado. O resultado se deveu aos "carros pequenos" que são a sua marca e, em especial, às "vendas no Brasil, maior mercado da Fiat fora de seu território sede e que contribuiu de novo com parte significativa dos lucros". E assim a empresa "se distancia dos dias negros de 2002".

forbes.com
A REDE
À esq., a capa da edição especial da "Forbes", sobre "redes", palavra-chave que "já significou cadeia de rádios" e hoje, com a web, "pode se referir ao marketing viral, a uma forma de encontrar um carro ou um marido, a uma campanha política, uma coleção de especialistas que pode solucionar a crise de energia -ou uma célula de terroristas".

forbes.com
"QUE VENHAM"
São dezenas de textos na "Forbes", inclusive artigos de Jimmy Wales, da Wikipedia e que aborda seu projeto de um site de busca com o mesmo conceito de "rede", e Chad Hurley, criador do YouTube. São dois dos maiores projetos de web participativa -ou 2.0, expressão que a revista evita. A "Forbes" cobre as "redes" em inúmeros aspectos, da relação com a democracia às tendências futuras, até meio ambiente. Mas é revista de economia e, a começar do artigo do empresário Rupert Murdoch dizendo "que venham as mudanças", o objetivo é identificar oportunidades de negócio (ilustração acima).

"É a ferramenta mais importante para a construção da democracia desde a invenção da imprensa. As pessoas agora podem criar, descobrir e se conectar com redes em horas, em qualquer lugar do mundo".
Do presidente do Partido Democrata, HOWARD DEAN, na "Forbes"

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@ - Nelson de Sá


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