|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PRIVATIZAÇÃO
Valecom, liderado pela Votorantim, e Brasil, comandado pela CSN, se pré-qualificam para disputar estatal
Dois consórcios vão disputar leilão da Vale
da Sucursal do Rio
Dois consórcios se pré-qualificaram ontem
para participar
do leilão de privatização da
Companhia Vale do Rio Doce,
marcado para o próximo dia 29: o
Consórcio Valecom, liderado pelo
grupo Votorantim, e o Consórcio
Brasil, liderado pela CSN (Companhia Siderúrgica Nacional).
Ontem foi encerrado o prazo de
pré-qualificação dos consórcios,
com a entrega da documentação
dos participantes à CLC (Câmara
de Liquidação e Custódia) da Bolsa
de Valores do Rio.
A pedido do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), gestor do programa de privatização do governo
federal, a CLC prorrogou das 16h
para as 18h30 o prazo final para a
entrega dos documentos.
A prorrogação permitiu que o
Consórcio Brasil entregasse sua
documentação a tempo. O Consórcio Valecom havia feito a entrega antes das 16h.
O presidente do Conselho de Administração da CSN, Benjamin
Steinbruch, disse que o atraso foi
devido a dificuldades na preparação dos documentos.
O Consórcio Valecom não trouxe surpresas. Além do Votorantim, ele é integrado pela Anglo
American, Caemi-Mitsui, Brasil-Japão Participações (consórcio
de 12 corporações) e os fundos de
pensão Sistel (Telebrás) e Centros
(Banco Central).
A ausência da mineradora sul-africana Gencor foi a principal surpresa na lista dos participantes do
Consórcio Brasil divulgada no final da tarde por Steinbruch, na sede da CSN, no Rio.
Steinbruch disse que a Gencor
ainda não decidiu pela participação, mas acrescentou que a adesão
ainda é possível.
De acordo com Steinbruch, um
grupo de ``quatro a cinco empresas'', inclusive a Gencor, se inscreveu no consórcio com uma participação mínima, deixando para definir até segunda-feira se irá efetivamente entrar no leilão.
A adesão de última hora entre os
nomes certos do consórcio da CSN
foi a produtora de alumínio norte-americana Alcoa, que participará por meio da sua filial brasileira.
Além da CSN e da Alcoa, Steinbruch deu como nomes certos no
consórcio os fundos de pensão
Previ (Banco do Brasil), Petros
(Petrobrás), Funcef (Caixa Econômica) e Funcesp (Cesp), a Companhia Suzano de Papel e Celulose, o
Nations Bank e o Banco Opportunity.
Benjamin Steinbruch disse que o
consórcio tem condições de ir ao
leilão, mas acrescentou que, como
os investimentos para a compra da
Vale são elevados, todo dinheiro
adicional será bem-vindo.
Steinbruch disse que, se o Consórcio Brasil ganhar o leilão, seus
participantes pretendem destinar
um total de 4,5% das ações ordinárias (com direito a voto sem restrições) da mineradora para servirem
de lastro para a venda de cotas de
um fundo de participações.
Esse fundo teria o objetivo de
atrair pequenos investidores para
o grupo controlador da Vale. Os
investidores não teriam ações, que
não poderão ser vendidas por cinco anos, mas só cotas do fundo.
Steinbruch disse também que a
intenção é pulverizar ao máximo o
capital da Vale entre seus participantes. Segundo ele, o ideal é que
nenhum participante tenha mais
de 25% do capital da empresa que
controlará a mineradora.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|