DA AGÊNCIA FOLHA, EM SINOP (MT)

Preso na Operação Navalha e de volta ontem ao trabalho na prefeitura de Sinop (MT), o prefeito Nilson Leitão (PSDB) afirmou que não cancelará o contrato de R$ 48 milhões com a Gautama para a obra de instalação da rede de esgoto na cidade.
"Se a PF contratou [a Gautama] para construir seus prédios, porque nós não podemos contratar? Qual o crime disso? Nós contratamos a mesma empresa que a PF contratou", afirmou Leitão.
A Gautama fez pelo menos duas obras para a PF: a construção da sede da superintendência em São Paulo e a reforma do Instituto Nacional de Criminalística em Brasília. Não há menção a fraudes nessas obras, que custaram R$ 70 milhões.
"A prefeitura não tem legalidade para cancelar a licitação unilateralmente, sem motivo plausível", disse o prefeito.
O contrato foi assinado no dia 19 de março passado. Segundo o prefeito, a licitação não teve fraudes. A construtora Passarelli, que participou da licitação, ofereceu R$ 300 mil a mais no preço.
Leitão também nega superfaturamento. Um parecer encomendado por vereadores em 2005 apontou que a obra poderia ser construída com cerca de R$ 27 milhões. "Eles fizeram isso sem o projeto na mão. Foi ação política", afirmou Leitão.


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