São Paulo, quarta, 25 de junho de 1997.



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JUDICIÁRIO
Magistrados são acusados de nepotismo e estelionato; oito juízes são afastados
TST intervém em tribunal da Paraíba

ADELSON BARBOSA
da Agência Folha, em João Pessoa

O corregedor-geral do TST (Tribunal Superior do Trabalho), ministro Almir Pazzianotto, afastou ontem todos os oito juízes do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da Paraíba.
O afastamento é por tempo indeterminado, até que o TST julgue processo originado de sindicância realizada no ano passado sobre irregularidades cometidas pelos juízes paraibanos.
Foi a primeira medida de Pazzianotto após ser designado interventor no TRT da Paraíba. O ato de intervenção foi publicado ontem no "Diário da Justiça".
Segundo Pazzianotto, a decisão visa "restabelecer a moralidade administrativa e a dignidade no exercício da magistratura".
Entre os juízes afastados estão Vicente Vanderlei (atual presidente do TRT) e Aluísio Rodrigues (vice-presidente).
Exceto Vanderlei, os demais juízes são acusados de nepotismo (emprego de parentes), estelionato, falsidade ideológica, peculato e corrupção passiva, conforme ações penais encaminhadas ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) pela subprocuradora-geral da República, Delza Curvelo.
Eles também são acusados de malversação do dinheiro público, formação de quadrilha e corrupção, em relatório feito pelos ministros Wagner Pimenta, Ronaldo Leal e Rider Nogueira de Brito, do TST, há um ano e meio.
O processo contra os juízes, que está no STF (Supremo Tribunal Federal), deve voltar ao TST, onde será julgado.
O presidente afastado do TRT, Vicente Vanderlei, disse que Pazzianotto agiu corretamente ao afastar todos os juízes.



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