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CPI dos Correios ameaça realizar buscas e apreensões em bancos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Insatisfeitos com a demora no
envio de documentos, integrantes
da CPI dos Correios ameaçam fazer, nesta semana, buscas e
apreensões de material relativo à
movimentação financeira do publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza, no Banco Rural e no
Banco do Brasil.
De acordo com o sub-relator da
CPI, deputado Gustavo Fruet
(PSDB-PR), os extratos enviados
pelo Rural não coincidem com a
lista de beneficiários do dinheiro
que se encontra no STF (Supremo
Tribunal Federal), apreendida no
próprio banco, na cidade de Belo
Horizonte (MG).
"Ou é um erro ou eles estão de
má vontade", disse o sub-relator,
que teria obtido essa informação
com a Polícia Federal.
No STF, está a lista de parlamentares aos quais deveria ser entregue o dinheiro sacado das contas das empresas de Marcos Valério pela diretora financeira da
agência de publicidade SMPB, Simone Vasconcelos. O material está no Supremo porque os deputados possuem foro privilegiado.
"O Banco do Brasil devolve todos os requerimentos dizendo
que eles não são claros. As torcidas do Corinthians e a do Flamengo sabem o que queremos, só o
Banco do Brasil não sabe", afirmou o deputado Eduardo Paes
(PSDB-RJ).
Técnicos do TCU (Tribunal de
Contas da União) cedidos à CPI
dos Correios foram na última sexta-feira ao Banco Rural, em Belo
Horizonte, tentar obter informações sobre quem depositou recursos nas contas de Valério e de suas
empresas, já que esses dados não
constavam nos documentos enviados a Brasília.
Além do caixa dois montado
pelo PT através das empresas de
Marcos Valério, integrantes da
CPI foram surpreendidos com a
deficiência do sistema financeiro
nacional, que não teria mecanismos de controle eficientes.
"O volume de dinheiro sacado
quase diariamente no Rural mostra como está falho o sistema de
fiscalização do Banco Central e do
Coaf (Conselho de Controle de
Atividades Financeiras). É quase
dizer que faliu o sistema de fiscalização do sistema financeiro nacional", afirmou Fruet.
Segundo o sub-relator, não é comum uma agência bancária ter
um volume tão elevado de dinheiro rotineiramente. Entre maio de
2003 e julho de 2005, foram sacados em dinheiro R$ 20,9 milhões
das contas de Valério no Rural de
Belo Horizonte.
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