São Paulo, sábado, 25 de julho de 2009

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Novas áreas vistoriadas podem esconder até 14 ossadas de guerrilheiros

PEDRO DIAS LEITE
ENVIADO ESPECIAL A SÃO GERALDO DO ARAGUAIA (PA)

A comissão que busca as ossadas dos desaparecidos na guerrilha do Araguaia (1972-75) visitou ontem três áreas onde podem estar enterrados os restos mortais de até 14 militantes. Em duas delas serão feitas escavações.
O "complexo do Matrinxã" reúne até seis ossadas de guerrilheiros, segundo mateiros e moradores. José Maria Alves da Silva, o Zé Catingueiro, 72, mostrou onde estariam dois de homem e um de mulher. Numa parte densa da floresta, o local permanece igual há 40 anos. "É a área de maior expectativa, porque é estreita e apontada pontualmente", diz o antropólogo Elvis Adriano da Silva Oliveira, um dos técnicos da equipe.
A cerca de 400 metros dali, por mata fechada, estariam as ossadas de mais dois guerrilheiros, Antônio Teodoro de Castro, o Raul, e Cilon Cunha Brum, o Simão. A 3 km, estaria ainda Vandick Coqueiro, o João Goiano. Esses pontos devem ser escavados.
A outra região, embora bastante alterada, é a clareira do Cabo Rosa. Relatos apontam que até oito podem estar enterrados lá, entre eles Uirassu Batista, o Valdir, Renê Silveira e Silva, o Duda, Antonio Ferreira Pinto, o Alfaiate, e Helio Navarro, o Edinho -há uma versão que este último estaria vivo.
Em um helicóptero militar, o grupo também foi à serra das Andorinhas, onde, segundo relatos de moradores e especialistas, foram queimados, ao final da guerrilha, corpos que estavam espalhados por cemitérios clandestinos. Nenhum vestígio, porém, foi encontrado nesta área.


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