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Novas áreas vistoriadas podem esconder até 14 ossadas de guerrilheiros
PEDRO DIAS LEITE
ENVIADO ESPECIAL A SÃO GERALDO DO ARAGUAIA (PA)
A comissão que busca as ossadas dos desaparecidos na
guerrilha do Araguaia (1972-75) visitou ontem três áreas
onde podem estar enterrados
os restos mortais de até 14
militantes. Em duas delas serão feitas escavações.
O "complexo do Matrinxã"
reúne até seis ossadas de
guerrilheiros, segundo mateiros e moradores. José Maria
Alves da Silva, o Zé Catingueiro, 72, mostrou onde estariam dois de homem e um de
mulher. Numa parte densa da
floresta, o local permanece
igual há 40 anos. "É a área de
maior expectativa, porque é
estreita e apontada pontualmente", diz o antropólogo Elvis Adriano da Silva Oliveira,
um dos técnicos da equipe.
A cerca de 400 metros dali,
por mata fechada, estariam as
ossadas de mais dois guerrilheiros, Antônio Teodoro de
Castro, o Raul, e Cilon Cunha
Brum, o Simão. A 3 km, estaria ainda Vandick Coqueiro, o
João Goiano. Esses pontos
devem ser escavados.
A outra região, embora bastante alterada, é a clareira do
Cabo Rosa. Relatos apontam
que até oito podem estar enterrados lá, entre eles Uirassu
Batista, o Valdir, Renê Silveira e Silva, o Duda, Antonio
Ferreira Pinto, o Alfaiate, e
Helio Navarro, o Edinho -há
uma versão que este último
estaria vivo.
Em um helicóptero militar,
o grupo também foi à serra
das Andorinhas, onde, segundo relatos de moradores e especialistas, foram queimados,
ao final da guerrilha, corpos
que estavam espalhados por
cemitérios clandestinos. Nenhum vestígio, porém, foi encontrado nesta área.
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