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CNBB diz que católico não deve votar em político corrupto, mas não cita nenhum
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) anunciou ontem que pretende
orientar fiéis da Igreja Católica
a não votar em políticos "declaradamente corruptos", mas
disse que a entidade não vai elaborar listas relativas aos escândalos de corrupção dos mensaleiros ou dos sanguessugas.
Apesar do alinhamento com
a campanha petista nas últimas
eleições presidenciais, a CNBB
procurou ontem se distanciar
do presidente Luiz Inácio Lula
da Silva ou de qualquer avaliação de seu mandato.
A CNBB evitou fazer críticas
diretas, mas afirmou que não se
pode esperar que uma pessoa
sozinha solucione tudo, que o
Brasil pode ser resolvido em
quatro anos, ou que se vote com
base em simpatia.
"Não colocamos dificuldade
para nenhuma candidatura, a
não ser aqueles que são declaradamente corruptos", disse o
presidente da CNBB, d. Geraldo Majella Agnelo.
"Aconselhamos não votar em
corruptos, mas não fazemos lista", disse o secretário-geral da
CNBB, d. Odilo Pedro Scherer.
A entidade também considerou natural a apatia eleitoral
entre os que têm consciência
política. "Os que estão interessados estão interessados em
votar para resolver seu próprio
probleminha", disse o vice-presidente da CNBB, dom Antônio
Celso de Queiros.
Sobre o caso da máfia das
ambulâncias superfaturadas, a
CNBB lamentou a proximidade
das eleições e avaliou que pode
haver uma "criação de confusão política" proposital.
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