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São Paulo, quinta-feira, 25 de setembro de 2003

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Argentino critica política ortodoxa e falta de apoio

DA REDAÇÃO

O presidente da Argentina, Néstor Kirchner, vinha manifestando sua insatisfação com a posição do governo brasileiro, que ele considera subserviente ao Fundo Monetário Internacional e aos investidores estrangeiros. Kirchner se disse decepcionado com Lula.
Segundo o analista político argentino Rosendo Fraga, "Kirchner acredita que Lula foi muito para a direita e adotou uma ortodoxia econômica com a qual ele não concorda".
Kirchner tomou posse em 25 de maio último. No último dia 9 de setembro, o país não pagou a parcela de US$ 2,9 bilhões de dívida com o FMI e entrou tecnicamente em moratória, porque o governo não chegou a um acordo com o Fundo sobre as metas de superávit primário e reajuste de tarifas.
No dia seguinte, o FMI recuou e aceitou as principais exigências da Argentina para fechar o acordo, entre elas a de manter um superávit primário de apenas 3% do PIB em 2004.
O Brasil não se solidarizou com a Argentina quando moratória foi anunciada. O ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) só ligou para seu colega argentino Roberto Lavagna para dar apoio ao país depois que o FMI já tinha recuado.


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