São Paulo, sexta-feira, 25 de outubro de 2002

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FMI espera que o novo governo anuncie logo a equipe econômica

DA REDAÇÃO

O Fundo Monetário Internacional espera que o novo governo brasileiro, a ser eleito no domingo, aja rapidamente para estabelecer uma forte equipe econômica, que apresente um plano claro para evitar uma potencial crise.
Em entrevista à agência de notícias Reuters na quarta, o economista-chefe do FMI, Kenneth Rogoff, declarou que "a nova equipe econômica terá de especificar sua agenda de forma a trazer clareza, porque o mercado claramente vê uma grande dose de incerteza sobre as políticas a serem adotadas".
O economista-chefe do FMI, que concedeu empréstimo de US$ 30,4 bilhões ao Brasil em agosto passado, disse ser "crítica" a necessidade de o governo eleito agir com urgência para diminuir o temor, por parte dos investidores, de que as reformas econômicas sejam abandonadas.
Rogoff declarou que a taxa de juros deve cair e que a turbulência do mercado tende a se acalmar caso o novo presidente nomeie uma equipe de peso que consiga convencer os mercados de que suas políticas serão sensatas.
O economista-chefe defende que o novo presidente tenha como prioridade a redução da dívida pública em relação ao PIB . "A médio prazo, ele precisa encontrar formas de reduzir essa proporção", disse Rogoff.
A preocupação dos mercados é que, em um eventual governo petista, haja um aumento nos gastos governamentais. A deterioração do Orçamento poderia levar à moratória da dívida.
Rogoff afirmou que essa redução poderia ser alcançada por meio da manutenção de superávits fiscais ou da implementação de reformas estruturais para aumentar a perspectiva de crescimento econômico a longo prazo.
Ontem, o porta-voz do FMI, Tom Dawson, disse que o Fundo "aguarda com disposição poder trabalhar com as autoridades e as possíveis autoridades assim que elas estiverem prontas", disse.



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