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FMI espera que o novo governo anuncie logo a equipe econômica
DA REDAÇÃO
O Fundo Monetário Internacional espera que o novo governo
brasileiro, a ser eleito no domingo, aja rapidamente para estabelecer uma forte equipe econômica,
que apresente um plano claro para evitar uma potencial crise.
Em entrevista à agência de notícias Reuters na quarta, o economista-chefe do FMI, Kenneth Rogoff, declarou que "a nova equipe
econômica terá de especificar sua
agenda de forma a trazer clareza,
porque o mercado claramente vê
uma grande dose de incerteza sobre as políticas a serem adotadas".
O economista-chefe do FMI,
que concedeu empréstimo de
US$ 30,4 bilhões ao Brasil em
agosto passado, disse ser "crítica"
a necessidade de o governo eleito
agir com urgência para diminuir
o temor, por parte dos investidores, de que as reformas econômicas sejam abandonadas.
Rogoff declarou que a taxa de
juros deve cair e que a turbulência
do mercado tende a se acalmar
caso o novo presidente nomeie
uma equipe de peso que consiga
convencer os mercados de que
suas políticas serão sensatas.
O economista-chefe defende
que o novo presidente tenha como prioridade a redução da dívida pública em relação ao PIB . "A
médio prazo, ele precisa encontrar formas de reduzir essa proporção", disse Rogoff.
A preocupação dos mercados é
que, em um eventual governo petista, haja um aumento nos gastos
governamentais. A deterioração
do Orçamento poderia levar à
moratória da dívida.
Rogoff afirmou que essa redução poderia ser alcançada por
meio da manutenção de superávits fiscais ou da implementação
de reformas estruturais para aumentar a perspectiva de crescimento econômico a longo prazo.
Ontem, o porta-voz do FMI,
Tom Dawson, disse que o Fundo
"aguarda com disposição poder
trabalhar com as autoridades e as
possíveis autoridades assim que
elas estiverem prontas", disse.
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