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6 ex-congressistas são denunciados no caso máfia dos sanguessugas
Para procuradora, "braço político" aprovava emendas para "cofre de quadrilha"
RODRIGO VARGAS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CUIABÁ
A Procuradoria da República
em Mato Grosso denunciou o
ex-senador Ney Suassuna
(PMDB-PB) e outros cinco ex-deputados federais por envolvimento com a máfia dos sanguessugas.
Apontados como o "braço
político" do esquema de compra superfaturada de ambulância, eles são suspeitos de crimes
como formação de quadrilha,
corrupção passiva, fraude em
licitação e lavagem de dinheiro.
Os outros ex-congressistas
citados são Isaías Silvestre
(PSB-MG), Nilton Capixaba
(PTB-RO), Robério Cássio Ribeiro Nunes (do então PFL-BA), José Cleonâncio da Fonseca (PP-SE) e José Heleno da
Silva (PRB-SE).
"As investigações demonstraram que os denunciados associaram-se de forma estável e
permanente à organização criminosa, cabendo-lhes a apresentação de emendas parlamentares direcionadas a abastecer os cofres da quadrilha",
apontou a procuradora da República Léa Batista de Oliveira,
em denúncia encaminhada à
Justiça Federal.
A máfia dos sanguessugas foi
desmontada pela Polícia Federal em 4 de maio de 2006. Segundo a PF, liderado pelos empresários Darci e Luiz Antônio
Vedoin, donos da empresa Planam, o grupo atuava tanto no
Congresso -pagava propina
por emendas parlamentares
destinadas à compra de ambulâncias e materiais hospitalares- quanto na licitação nos
municípios beneficiados com
as verbas.
Segundo a denúncia, havia
um "núcleo parlamentar" que
viabilizava a aprovação das
emendas.
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