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Empresas negam elo entre doações e ação parlamentar
DA REPORTAGEM LOCAL
As empresas que aceitaram
responder à Folha negaram
qualquer relação entre a doação e a atuação do parlamentar.
"A doação realizada pelo
doutor Flávio Guimarães para
campanhas eleitorais atendeu
rigorosamente aos preceitos da
legislação eleitoral (...). O doutor Flávio não discutirá o mérito de doações específicas, limitando-se a esclarecer que a
doação indagada ocorreu em
período posterior à aprovação
do relatório final da CPI dos
Correios, não tendo por óbvio
influência no seu resultado",
disse a assessoria do BMG.
A Protege informou que "os
interesses do Grupo Protege
eram e continuam sendo a favor da isenção total do pagamento das taxas. O parecer do
senador Aloizio Mercadante
foi contrário ao nosso pleito,
propondo taxação de 20%".
O Banco Itaú, que comprou o
Banestado, disse que se reserva
"o direito de concentrar seu
apoio a candidatos e partidos
que, no seu julgamento, oferecem os programas e as idéias
mais eficientes para melhoria
das condições de vida da sociedade. Em linha com seu processo de governança corporativa e de transparência, o Itaú
define os apoios num comitê
composto por conselheiros e
vários executivos. O Itaú jamais solicitou qualquer vantagem como compensação às
contribuições que faz".
O estaleiro Rio Maguari, que
doou R$ 150 mil para Luiz Otávio (PMDB-PA) -relator de
projeto que destina dinheiro à
companhia de navegação do rio
São Francisco-, disse que a
doação não tem ligação com o
fato de o senador relatar projetos desse tipo. "Luiz Otávio é
comprometido com os assuntos paraenses. Ele vinha ocupando a presidência da CAE, e é difícil um político paraense
ter o destaque que ele tinha".
A CBF nega ligação entre
doação e atuação parlamentar:
"Nunca vi uma ação que é feita
a posteriori. Seria um prêmio
pelo trabalho dele? A CPI do
Futebol fez investigar as coisas", disse Rodrigo Paiva.
A AmBev diz que "Mercadante era candidato ao governo
do maior Estado pelo maior
partido, por isso doou. Não tem
qualquer relação com projetos". Sobre Romero Jucá, a
AmBev diz que "distribui regionalmente, por partido, e
eqüanimemente. Não tem relação com projetos".
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