São Paulo, segunda-feira, 25 de dezembro de 2006

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Empresas negam elo entre doações e ação parlamentar

DA REPORTAGEM LOCAL

As empresas que aceitaram responder à Folha negaram qualquer relação entre a doação e a atuação do parlamentar.
"A doação realizada pelo doutor Flávio Guimarães para campanhas eleitorais atendeu rigorosamente aos preceitos da legislação eleitoral (...). O doutor Flávio não discutirá o mérito de doações específicas, limitando-se a esclarecer que a doação indagada ocorreu em período posterior à aprovação do relatório final da CPI dos Correios, não tendo por óbvio influência no seu resultado", disse a assessoria do BMG.
A Protege informou que "os interesses do Grupo Protege eram e continuam sendo a favor da isenção total do pagamento das taxas. O parecer do senador Aloizio Mercadante foi contrário ao nosso pleito, propondo taxação de 20%".
O Banco Itaú, que comprou o Banestado, disse que se reserva "o direito de concentrar seu apoio a candidatos e partidos que, no seu julgamento, oferecem os programas e as idéias mais eficientes para melhoria das condições de vida da sociedade. Em linha com seu processo de governança corporativa e de transparência, o Itaú define os apoios num comitê composto por conselheiros e vários executivos. O Itaú jamais solicitou qualquer vantagem como compensação às contribuições que faz".
O estaleiro Rio Maguari, que doou R$ 150 mil para Luiz Otávio (PMDB-PA) -relator de projeto que destina dinheiro à companhia de navegação do rio São Francisco-, disse que a doação não tem ligação com o fato de o senador relatar projetos desse tipo. "Luiz Otávio é comprometido com os assuntos paraenses. Ele vinha ocupando a presidência da CAE, e é difícil um político paraense ter o destaque que ele tinha".
A CBF nega ligação entre doação e atuação parlamentar: "Nunca vi uma ação que é feita a posteriori. Seria um prêmio pelo trabalho dele? A CPI do Futebol fez investigar as coisas", disse Rodrigo Paiva.
A AmBev diz que "Mercadante era candidato ao governo do maior Estado pelo maior partido, por isso doou. Não tem qualquer relação com projetos". Sobre Romero Jucá, a AmBev diz que "distribui regionalmente, por partido, e eqüanimemente. Não tem relação com projetos".


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