São Paulo, quinta-feira, 26 de janeiro de 2006

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PAINEL

Bem treinado
Antonio Palocci se submeteu a três dias de sabatina com assessores como Joaquim Levy e Murilo Portugal, respondendo a pontos que devem ser questionados hoje na CPI. Chegou-se a negociar o adiamento do depoimento para 3ª, mas oito senadores estarão viajando.

Atrás do trio elétrico
A oposição, que fez da ida de Palocci ao Senado um cavalo de batalha, ontem tentava adiar a ida do ministro à CPI, entre outras coisas, porque o PFL tinha viagem marcada para a festa de ACM Neto em Salvador.

Questões semânticas
Em conclusão, o relatório da CPI dos Correios é disputado nos detalhes. Para cada "a maior rede de corrupção já montada" que o PSDB tenta colocar, o PT vem com um parágrafo dizendo que "a origem do valerioduto foram os tucanos de Minas".

Ampliando a rede
A assessoria da CPI tenta incluir no parecer final de Osmar Serraglio (PMDB) menções ao governador do Distrito Federal, Joaquim Roriz, devido aos contratos do governo com as empresas de Marcos Valério.

Liberou geral
O fim da verticalização pôs o PFL em atrito por razões regionais. Roseana Sarney recrutava votos para derrubar necessidade de a coligação regional repetir a nacional, e ACM reunia pefelistas pela manutenção.

Planalto em campo
Lula, que demorou a atuar contra a orientação do PT a favor da verticalização, ontem escalou Arlindo Chinaglia, Luiz Eduardo Greenhalgh e Ricardo Berzoini para falar em seu nome e tentar virar votos no partido.

Peixe vivo
Os 50 anos de posse de Juscelino Kubitschek, na semana que vem, devem ser um prato cheio para governistas e oposicionistas. Lula, que adora citar JK, deve fazer um discurso sobre o legado do ex-presidente.

Pacto na surdina
O vice-presidente José Alencar (PRB) almoçou com dois representantes de Anthony Garotinho no PMDB na terça, em Brasília. Se não emplacar candidatura, Garotinho quer Alencar em campanha pela Presidência.

Dom Sebastião
FHC volta hoje ao Brasil. Serristas e alckmistas devem formar fila na porta do gabinete do ex-presidente, o árbitro da disputa interna tucana.

Mudando de lado
Eleitores declarados de Lula em 2002, Zezé Di Camargo e Luciano serviram de escada para o tucano José Serra anteontem. O prefeito foi aplaudido pela multidão que assistia ao ar livre o filme da dupla quando disse que o público de 20 mil pessoas entraria para o livro dos recordes.

Xerife pefelista
Se assumir o governo paulista, Claudio Lembo (PFL) irá efetivar o adjunto pefelista Marcelo Martins de Oliveira no lugar de Saulo de Castro Abreu Filho (PSDB) no comando da Segurança. O secretário tucano se desincompatibiliza em abril.

Troca-troca
Como Walter Fedlman (PSDB) voltará à Câmara para disputar as eleições, Andrea Matarazzo deverá ocupar a pasta da Subprefeituras de José Serra. O tucano deve ser mantido se Gilberto Kassab for efetivado.

Montando o time
Barros Munhoz, subprefeito de Santo Amaro, será o coordenador da campanha de Aloysio Nunes Ferreira ao Bandeirantes.

Os mesmos nomes
O ex-prefeito de São Luís Jackson Lago (PDT) foi o escolhido pelo grupo liderado pelo governador José Reinaldo Tavares (PSB), que se opõe à família Sarney, para disputar o governo do Maranhão. Ibope dá 60% a 15% para Roseana Sarney.

TIROTEIO

Do petista Dr. Rosinha sobre o relator da CPI dos Correios, Osmar Serraglio, para quem o presidente Lula foi "negligente" em relação ao mensalão:
-O relator devia parar de procurar os holofotes e se dedicar a investigar o caixa dois dos tucanos em Furnas.

CONTRAPONTO

Revolução sindicalista

Após tantas idas e vindas em torno do novo salário mínimo, teve clima de confraternização a reunião do presidente Lula com as centrais sindicais anteontem, no Planalto, que sacramentou a data de 1º de abril para a entrada em vigor do valor de R$ 350.
Lula, escoltado pelos ministros Luiz Marinho (Trabalho) e Dilma Rousseff (Casa Civil), abraçou ex-companheiros e relembrou histórias de seus tempos de sindicalista.
Empolgado, o presidente fez uma reflexão histórica:
-Vocês não têm do que reclamar. Nem as revoluções russa e cubana colocaram tantos sindicalistas no governo quanto eu. Nenhuma delas.
Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, da Força Sindical, fez o papel do advogado do diabo:
-Todos da CUT, não é, presidente? -, disse, em referência á central de Marinho, fiel apoiadora do governo petista.


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