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Dilma lembra o Chile para pedir união da base aliada
Ministra defende continuidade do PAC, mas evita fazer ataques diretos ao PSDB
No Rio, Dilma nega que já seja candidata e, em uma referência a FHC, diz que "não se pode sentar na cadeira antes" da eleição
DA SUCURSAL DO RIO
A ministra Dilma Rousseff
(Casa Civil), pré-candidata do
PT à sucessão do presidente
Lula, defendeu ontem no Rio a
união das forças governistas.
Ela usou a eleição presidencial no Chile -na qual o candidato da situação perdeu para o
da oposição- para defender a
candidatura única na base do
governo. "A eleição do Chile
pode colocar alguma preocupação para o Brasil sobre a importância de uma união entre a
centro-esquerda. Lá eles foram
desunidos", disse à rádio Tupi.
Ela se referia ao deputado Ciro Gomes (PSB), que também
quer disputar a Presidência, o
que pode dividir a base aliada.
Dilma voltou a defender a
continuidade das obras do Programa de Aceleração do Crescimento, mas evitou atacar diretamente a oposição após a troca
de insultos entre líderes do PT
e do PSDB na semana passada.
Sem citar nomes, Dilma disse
que "é muito difícil a gente concordar quando as pessoas propõem acabar com o PAC. Podem perguntar aos governadores e aos prefeitos se concordam. Não vão concordar".
Ela negou que já seja candidata: "Só serei candidata no dia
em que eu for escolhida. Não se
pode sentar na cadeira antes
porque dá azar" -uma referência a Fernando Henrique Cardoso, que perdeu a eleição para
prefeito de São Paulo em 1985.
"A gente tem que ter a humildade de reconhecer que [ser
candidata à Presidência] não
depende de mim, mas para
mim isso seria uma honra."
Mas comentou as razões de ter
sido escolhida: "Acho que o
presidente confia em mim, porque nós estamos juntos sistematicamente, enfrentando as
horas boas e as horas ruins".
Questionada sobre sua fama
de autoritária, Dilma disse que
é uma necessidade do cargo:
"Muitas vezes falam que sou
durona. Na atividade que o presidente me deu, que era coordenar os programas de governo, não tem outro jeito. A sua
função é passar o tempo todo
cobrando, querendo saber por
que não aconteceu, resolvendo
problemas, correndo atrás. Isso
não significa que você seja essa
atividade. Eu não sou isso. Isso
é um aspecto da minha vida".
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