São Paulo, terça-feira, 26 de janeiro de 2010

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Dilma lembra o Chile para pedir união da base aliada

Ministra defende continuidade do PAC, mas evita fazer ataques diretos ao PSDB

No Rio, Dilma nega que já seja candidata e, em uma referência a FHC, diz que "não se pode sentar na cadeira antes" da eleição


DA SUCURSAL DO RIO

A ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), pré-candidata do PT à sucessão do presidente Lula, defendeu ontem no Rio a união das forças governistas.
Ela usou a eleição presidencial no Chile -na qual o candidato da situação perdeu para o da oposição- para defender a candidatura única na base do governo. "A eleição do Chile pode colocar alguma preocupação para o Brasil sobre a importância de uma união entre a centro-esquerda. Lá eles foram desunidos", disse à rádio Tupi.
Ela se referia ao deputado Ciro Gomes (PSB), que também quer disputar a Presidência, o que pode dividir a base aliada.
Dilma voltou a defender a continuidade das obras do Programa de Aceleração do Crescimento, mas evitou atacar diretamente a oposição após a troca de insultos entre líderes do PT e do PSDB na semana passada.
Sem citar nomes, Dilma disse que "é muito difícil a gente concordar quando as pessoas propõem acabar com o PAC. Podem perguntar aos governadores e aos prefeitos se concordam. Não vão concordar".
Ela negou que já seja candidata: "Só serei candidata no dia em que eu for escolhida. Não se pode sentar na cadeira antes porque dá azar" -uma referência a Fernando Henrique Cardoso, que perdeu a eleição para prefeito de São Paulo em 1985.
"A gente tem que ter a humildade de reconhecer que [ser candidata à Presidência] não depende de mim, mas para mim isso seria uma honra." Mas comentou as razões de ter sido escolhida: "Acho que o presidente confia em mim, porque nós estamos juntos sistematicamente, enfrentando as horas boas e as horas ruins".
Questionada sobre sua fama de autoritária, Dilma disse que é uma necessidade do cargo: "Muitas vezes falam que sou durona. Na atividade que o presidente me deu, que era coordenar os programas de governo, não tem outro jeito. A sua função é passar o tempo todo cobrando, querendo saber por que não aconteceu, resolvendo problemas, correndo atrás. Isso não significa que você seja essa atividade. Eu não sou isso. Isso é um aspecto da minha vida".


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