São Paulo, terça-feira, 26 de fevereiro de 2002

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PAINEL

Boca fechada
Roseana Sarney (PFL) avisou ao PFL que não pretende participar de nenhum debate entre os candidatos à Presidência. Repetindo FHC nas duas últimas campanhas, diz que os debates prejudicam quem está na frente.

Fora do ar
Oficialmente, Roseana alegará que só aceita participar de debates escalonados entre os candidatos, divididos pela posição nas pesquisas -mesma desculpa dada por FHC. Mas esse formato é proibido pelo TSE, o que inviabilizará o debate.

Conteúdo técnico
Adversários de Roseana, principalmente tucanos, dizem que a preocupação da governadora é outra: a pefelista não saberia muito o que falar nos debates sem o teleprompter da TV.

Motivo de força maior
José Aníbal (PSDB) pediu a Ramez Tebet que desse ontem um fim à exposição de fotos no Senado sobre problemas nos hospitais públicos. O senador não atendeu o pedido e Serra adiou seu discurso de posse de hoje para depois de amanhã, quando a mostra terá acabado.

Vôo abortado
O deputado Walter Pinheiro (BA), da esquerda petista, aposta que a união com o PL não tem futuro: "A linha do José Alencar é muito grossa e pesada e a pipa do Lula não subirá com ela. O PL será a nossa âncora".

Discurso pronto
Duda Mendonça é um defensor da aliança entre o PT e o PL. O marqueteiro aposta em uma campanha altamente emocional com dois homens que "saíram de baixo e venceram na vida" -Lula e José Alencar.

Lobby oposicionista
Os presidentes e líderes de todos os partidos de oposição reúnem-se hoje com Nelson Jobim (TSE). Irão pressioná-lo contra a verticalização das coligações e a aplicação da cláusula de barreira contra os pequenos partidos na próxima eleição.

Seguro de candidato
Garotinho (RJ) perguntará ao TSE se pode licenciar-se do governo por 90 dias e, no fim desse prazo, deixar o cargo para disputar a Presidência. O pré-candidato do PSB quer saber se a licença pode funcionar como uma desincompatibilização.

Duas canoas
Garotinho decidiu fazer a consulta para, lá na frente, se não estiver bem nas pesquisas presidenciais, poder continuar no cargo de governador do Rio de Janeiro e disputar a reeleição.

Nada gratuito
Para apoiar a candidatura presidencial de Lula, a oposição do PMDB quer garantia de que terá apoio do PT nas eleições estaduais. Do contrário, prefere insistir na pré-candidatura de Pedro Simon (PMDB-RS).

Divergência interna
Roberto Requião (PR) e Maguito Vilela (GO), por exemplo, receberam promessas de apoio da cúpula do PT às suas candidaturas. Mas as tendências de esquerda da sigla tentam inviabilizar as alianças nos Estados.

Pedido de demissão
Dezoito sindicatos de trabalhadores das indústrias gráficas pediram desfiliação da Força Sindical. Motivo: não concordam com a defesa que a central faz da flexibilização da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), proposta pelo governo.

Visitas à Folha
Armínio Fraga Neto, presidente do Banco Central, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de João Borges, assessor de imprensa.   Martus Tavares, ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado de Waldemar W. Wirsig, representante do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) em missão no Brasil, de Regina Alvarez, coordenadora de imprensa do ministério, e de Inácio Muzzi, da Companhia de Notícias.

TIROTEIO

Do líder do PT na Câmara dos Deputados, João Paulo (SP), sobre o tucano José Serra ter proposto a criação do Ministério da Segurança Pública:
- Antes de fazer o Ministério da Segurança Pública, o Serra tem de criar o ministério da segurança contra a dengue.

CONTRAPONTO

Fora de compasso

Prefeito de Irecê (BA) entre 96 e 2000, Itamar Saraiva (PFL) promoveu, certa vez, uma grande festa de São João na cidade.
Toda a estrutura da festa foi montada na praça central. Um palco foi armado para uma banda de forró que viria de um município vizinho. Na hora da festa, nada de a banda chegar. Impaciente, o prefeito mandou seus assessores telefonarem para os empresários da banda, mas ninguém conseguiu localizá-los.
Inconformado com a ausência de música, o prefeito resolveu agir. Bateu na porta de uma loja até acordar o vigia.
- Preciso de um sanfoneiro urgente! Está cheio de gente na praça esperando a festa começar! - gritou Saraiva.
Ainda com sono, o vigia perguntou o que o prefeito queria.
- Aqui não é o Forró do Gerson? - perguntou o prefeito.
- Não, é a loja de forro de gesso -esclareceu o vigia.



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