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Projeto pode ser contestado, diz Marco Aurélio
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Marco Aurélio Mello, disse ontem que o lançamento do Territórios da
Cidadania em ano eleitoral poderá ser contestado
judicialmente. "Temos de
aguardar que os que se sintam prejudicados recorram ao Poder Judiciário.
Em tese fica muito difícil
eu me pronunciar."
DEM e PSDB estudam ir
ao Supremo Tribunal Federal contra o projeto.
O DEM solicitou ontem
à sua assessoria técnica estudo com detalhes do programa e aguarda sua publicação oficial para verificar
se a maioria dos potenciais
favorecidos está em Estados governados pela base,
para então ingressar com
recurso no STF.
"Queremos saber quais
são os critérios adotados
para definir as áreas beneficiadas e, se verificarmos
o caráter eleitoreiro, claro
que vamos ao Supremo",
disse o líder do DEM na
Câmara, ACM Neto (BA).
Para o presidente do
PSDB, senador Sérgio
Guerra (CE), o Territórios
da Cidadania foi lançado
para conquistar votos em
algumas regiões. "É um
projeto 100% eleitoreiro."
A Folha apurou que o
presidente Lula e os ministros que atuam diretamente no programa poderão ser alvos de ações por
abuso de poder político.
A Lei Eleitoral não admite repasses de recursos
da União para Estados e
municípios e dos Estados
para os municípios nos 90
dias que antecedem as
eleições, com exceção das
transferências para obras
e serviços previamente
contratados e de casos de
emergência e calamidade
pública.
(SILVANA DE FREITAS e MARIA CLARA CABRAL)
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