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outro lado
Moka diz que boletim dá "transparência" à despesa
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em meio à campanha a vaga
do partido ao Senado nas eleições de outubro, o deputado
Waldemir Moka afirmou, por
telefone, ter usado a verba da
Câmara para imprimir e distribuir os boletins que estampam
"Moka Senador" no cabeçalho
para "dar transparência" às
despesas com as prévias.
Moka usou um raciocínio
tortuoso para justificar a decisão. Segundo o deputado, o TSE
(Tribunal Superior Eleitoral)
determinou em consulta recente que candidatos a prévias
não poderiam receber doações
diretamente. Somente os partidos estão autorizados a receber
doações destinadas às prévias.
"As regras não dão margem a
bancar as coisas, como eu ia
justificar para a Justiça eleitoral a origem dos recursos?", argumentou o deputado.
Para Moka, a disputa das prévias não caracteriza campanha
eleitoral e, por isso, os boletins
não extrapolariam os limites da
atividade parlamentar.
Além de um quadrinho que
simula a votação numa urna
eletrônica, acompanhado dos
dizeres "Como votar no Moka,
veja como é fácil", os dois folhetos a que a Folha teve acesso
mostram uma campanha escancarada. Um deles pede os
votos dos filiados do PMDB.
"Junte-se ao meu projeto", diz.
O site da Câmara registra
dois pagamentos de R$ 8.590, à
AG Gráfica e Editora Ltda., pelos folhetos. Um terceiro, de R$
3.420, já teria sido autorizado,
segundo a Direção-Geral.
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