São Paulo, sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

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outro lado

Moka diz que boletim dá "transparência" à despesa

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Em meio à campanha a vaga do partido ao Senado nas eleições de outubro, o deputado Waldemir Moka afirmou, por telefone, ter usado a verba da Câmara para imprimir e distribuir os boletins que estampam "Moka Senador" no cabeçalho para "dar transparência" às despesas com as prévias.
Moka usou um raciocínio tortuoso para justificar a decisão. Segundo o deputado, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) determinou em consulta recente que candidatos a prévias não poderiam receber doações diretamente. Somente os partidos estão autorizados a receber doações destinadas às prévias.
"As regras não dão margem a bancar as coisas, como eu ia justificar para a Justiça eleitoral a origem dos recursos?", argumentou o deputado.
Para Moka, a disputa das prévias não caracteriza campanha eleitoral e, por isso, os boletins não extrapolariam os limites da atividade parlamentar.
Além de um quadrinho que simula a votação numa urna eletrônica, acompanhado dos dizeres "Como votar no Moka, veja como é fácil", os dois folhetos a que a Folha teve acesso mostram uma campanha escancarada. Um deles pede os votos dos filiados do PMDB. "Junte-se ao meu projeto", diz.
O site da Câmara registra dois pagamentos de R$ 8.590, à AG Gráfica e Editora Ltda., pelos folhetos. Um terceiro, de R$ 3.420, já teria sido autorizado, segundo a Direção-Geral.


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