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PROCURADORIA
Rodrigo César Rebello Pinho, 47, vai suceder Luiz Antonio Guimarães Marrey, de quem foi chefe-de-gabinete
Alckmin nomeia procurador-geral de Justiça
JULIA DUAILIBI
DA REPORTAGEM LOCAL
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), nomeou
ontem Rodrigo César Rebello Pinho, 47, procurador-geral de Justiça do Estado, candidato que teve
o apoio do atual chefe do Ministério Público estadual, Luiz Antonio Guimarães Marrey.
Pinho foi o escolhido de uma
lista tríplice submetida a Alckmin
nesta semana. Constavam da relação os três procuradores mais votados na eleição da instituição,
que ocorreu no último sábado.
Divisões dentro do governo
quanto à nomeação acabaram
por postergar a escolha do governador, que tradicionalmente é feita um dia após a definição da lista.
O secretário da Segurança, Saulo de Castro Abreu Filho, um dos
pré-candidatos tucanos à eleição
municipal paulistana, foi entusiasta da candidatura de José Juarez Staut Mustafá, segundo lugar
na votação, com 742 votos.
Primeiro colocado na lista, com
947 votos, Pinho contou com o
apoio dos secretários Alexandre
de Moraes (Justiça) e Gabriel Chalita (Educação).
Para setores do Ministério Público e do PSDB, no entanto, o nome Mustafá estava atrelado a administrações anteriores, como as
dos ex-governadores Orestes
Quércia (1987-1991) e Luiz Antonio Fleury (1991-1994).
Além de pesar o fato de Pinho
ser o candidato de Marrey, que
desde 1996 já foi três vezes procurador-geral, Alckmin optou pela
cautela na sua escolha: a nomeação de Mustafá poderia deixar o
clima ainda mais tenso dentro do
PSDB paulista caso fosse interpretada como clara declaração de
apoio à pré-candidatura de Saulo.
A relação do secretário da Segurança com Marrey também não é
das melhores desde as investigações do Ministério Público sobre
o assassinato de 12 supostos criminosos na operação conhecida
como "Castelinho", em 2002.
A importância política do cargo
de procurador-geral de Justiça
vem da atribuição exclusiva de
apresentar ações civis contra administradores públicos, entre os
quais governadores acusados de
dano ao patrimônio público.
Posse
Pinho, ex-chefe-de-gabinete de
Marrey entre 2002 e 2003, deverá
tomar posse na próxima segunda-feira. O mandato do procurador-geral é de dois anos.
Estava também na lista tríplice
René de Carvalho, com 191 votos.
Votaram na eleição 1.723 procuradores e promotores da ativa.
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