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Painel
RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br
Fumaça branca
O novo procurador-geral de Justiça de São Paulo será Fernando Grella, 51, primeiro colocado na lista tríplice submetida a José Serra após a eleição da classe,
em 15 de março. A escolha do governador, publicada
hoje no "Diário Oficial", põe fim a um período de 12
anos em que o ex-procurador-geral Luiz Antonio
Marrey, hoje secretário da Justiça, comandou o Ministério Público ou teve no posto um aliado. Rodrigo
Pinho, atual titular, apoiava oficialmente José Oswaldo Molineiro, que ficou em segundo lugar na eleição.
De início resistente a Grella -a lei não obriga o governador a nomear o primeiro da lista-, Marrey terminou por defender essa como a melhor opção. Foi
ele quem, ontem à noite, deu a notícia ao procurador.
Alhures. Geraldo Alckmin
não irá amanhã ao ato tucano
em defesa de sua candidatura
a prefeito. "Como não fui ao
anterior", lembra o ex-governador. Na hora do evento, ele
estará palestrando em Ribeirão Preto, interior paulista.
Local. Alckmin diz que tem
conversado "raramente" com
Aécio Neves. "Quem tentar
impor a 2008 a lógica de 2010
vai se dar mal. A eleição de SP
tem importância em si."
ER. A tensão entre as alas
pró-Alckmin e pró-Kassab
abala a saúde dos tucanos. Depois do presidente do diretório municipal, José Henrique
Reis Lobo, que passou mal na
semana passada, foi a vez do
secretário Walter Feldman
(Esportes) baixar ontem no
hospital com uma crise de estresse que lhe atingiu os rins.
Ainda pulsa. O PT não vai
desmobilizar sua campanha
contra a venda da Cesp. Depois do cancelamento do leilão, o líder da bancada na Assembléia paulista, Roberto
Felício, alega que o governo
paulista poderá usar o resultado negativo para justificar
queda no valor da empresa.
Não é parente. Repórteres abordaram Tarso Genro,
que foi a Alagoas assinar convênios, em busca de opinião
sobre a possível aliança PT-PSDB em Belo Horizonte. O
ministro da Justiça não quis
se estender sobre o assunto.
"Além do mais", concluiu, "eu
não sou pai de nada. Sou só
genro do Pronasci".
Ruim para nós. A Mensagem ao Partido, ala petista
liderada por Tarso Genro, foi
a mais enfática na oposição ao
acordo com os tucanos em
torno de um candidato único
em Belo Horizonte durante a
reunião, anteontem, do diretório nacional da sigla.
Bom para ele. Já petistas
próximos a José Dirceu, adversário de Tarso, operaram
na reunião a favor da aliança
que beneficiaria o tucano Aécio Neves. "O que é ruim para
o Serra é bom para nós", justificou o ex-ministro em sua recente festa de aniversário.
Barata voa 1. No corre-corre promovido pelos tucanos para quebrar sigilos de
Deus e o mundo na CPI dos
Cartões Corporativos, entrou
na roda um pedido relativo ao
senador Marco Maciel (DEM-PE), que foi vice de FHC.
Barata voa 2. Informado
do pedido, Maciel, que na hora estava na CCJ do Senado,
foi curto no comentário sobre
os cartões: "Tínhamos três.
Nunca foram usados".
Caronista. O boletim eletrônico de Gilmar Machado
(PT-MG) surfa na onda de
inaugurações do PAC. Ao lado
da foto do deputado aparece
uma estrada em pavimentação e o slogan, nesta ordem:
"Gilmar e Lula transformam
Minas em canteiro de obras".
Visita à Folha. Celso
Amorim, ministro das Relações Exteriores, visitou ontem a Folha, a convite do jornal, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado
de Jadiel Oliveira, chefe do
escritório do ministério em
São Paulo, de Ricardo Neiva
Tavares, assessor especial, de
Nilo Dytz Filho, assessor, e de
Bárbara Bélkior, assessora.
Tiroteio
"Aécio Neves e Fernando Pimentel que ponham
suas barbas de molho. A Prefeitura de Belo
Horizonte não pode ser tratada como um cargo
comissionado do governador ou do prefeito."
Do deputado federal ROBERTO FREIRE (PE), presidente do PPS,
sobre a formação de uma chapa apoiada pelo governador tucano
e o prefeito petista para disputar a eleição na capital mineira.
Contraponto
Tortura Nunca Mais
No final da década de 80, em campanha para deputado
estadual, o hoje federal Luiz Paulo Velloso Lucas (PSDB-ES) costumava cantar no encerramento dos comícios. As músicas de Raul Seixas eram destaque em seu repertório.
Anos depois, quando administrava Vitória, ele foi a uma
festa no município vizinho de Serra. O prefeito local o
chamou ao palanque e, depois dos discursos, anunciou:
-Agora o prefeito de Vitória vai dar uma palhinha...
Em frente ao palco, um mendigo se pôs a gritar:
-"Maluco Beleza" de novo não!
Foi quando Velloso Lucas se deu conta de que estava
mais do que na hora de mudar o disco.
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